Deltan Dallagnol nega estar inelegível e diz que reapresentação de empresária ‘não tem pé nem cabeça’

O argumento de Roberta Luchsinger (PSB) é o de que o ex-procurador responde a processos disciplinares e, por isso, não poderia disputar as eleições de 2022

  • Por Jovem Pan
  • 17/06/2022 10h46 - Atualizado em 17/06/2022 10h47
Reprodução/Jovem Pan Deltan Dallagnol no estúdio do Morning Show Deltan Dallagnol quer ser deputado federal pelo Paraná

Empresária e pré-candidata à deputada, Roberta Luchsinger (PSB) entrou com uma representação na Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná contra a candidatura de Deltan Dallagnol (Podemos), ex-procurador da Lava Jato em Curitiba e que também pretende ser deputado federal pelo Estado. O argumento é o de que ele responde a processos disciplinares no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e, por isso, não poderia disputar as eleições de 2022 – a “quarentena” é de oito anos a partir do pedido de exoneração. Em entrevista ao programa “Jornal da Manhã”, no entanto, Dallagnol se defendeu, disse que está elegível e afirmou que a investida da adversária não tem fundamento.

“Eu não tinha nenhum processo disciplinar pendente quando saí do Ministério Público”, disse Dallagnol, nesta sexta-feira, 17. “Essa cidadã quer que a Justiça Eleitoral avalie meu processo não com base em processos disciplinares, como diz a lei, mas com base em reclamações disciplinares. Reclamações disciplinares acontecem quando qualquer cidadão não aprova uma decisão de um promotor e aciona a corregedoria, o conselho do Ministério Público, etc. Nós recebemos várias reclamações durante a Lava Jato, mas elas não se converteram em processos disciplinares porque não tinham fundamento”, continuou o ex-procurador. “Sobre esse caso específico, a mulher foi muito cuidadosa na reapresentação, até para não ser punida. O que eles querem é espaço na imprensa para uma exposição dela, para expor uma pré-candidatura e minar a minha”, finalizou.

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