Deputada diz que há ‘sentimento majoritário’ para aprovação de reforma política

Após bate-boca e obstrução da oposição, comissão especial da Câmara adiou a votação do relatório que propõe a adoção do ‘Distritão’ nas eleições de 2022; nova reunião acontece nesta quinta-feira

  • Por Jovem Pan
  • 05/08/2021 09h18 - Atualizado em 05/08/2021 09h35
Pablo Valadares/Câmara dos Deputados Deputada federal Renata Abreu em sessão na Câmara Para Renata Abreu, há um 'sentimento por mudança' do sistema eleitoral entre os parlamentares

A comissão especial sobre regras eleitorais da Câmara dos Deputados quer retomar a discussão sobre reformas no sistema político nesta quinta-feira, 5. A votação do relatório da deputada Renata Abreu (Pode) foi novamente adiada nesta quarta, após bate-boca entre os parlamentares e obstrução de opositores do “Distritão“, proposta para a eleição de deputados federais e estaduais em 2022 que pretende eleger o candidato mais votado, sem considerar os votos dados aos partidos. Para Renata Abreu, no entanto, embora parte dos deputados critique a mudança, há um “sentimento majoritário” favorável à reforma política. “Existe um sentimento por mudança do sistema eleitoral. O que tenho dito é que cada partido tem a sua demanda, então coloco um artigo que não necessariamente concordo 100% para ter aprovação”, explicou em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan

Segundo a deputada, opositores ao “Distritão” apresentaram uma proposta para que se adote a volta das coligações como transição entre o atual sistema proporcional e o distrital misto. “Se fala sobre eleições e modelos porque quando acabou com as coligações, e nas eleições municipais nós podemos perceber o efeito disso, houve aumento significativo no número de candidatos, o que inviabiliza o financiamento público. É impossível financiar tantos candidatos no modelo proporcional sem coligação. Até para renovação política, o sistema atual sem coligação vai atrapalhar”, pontuou, demonstrando que a iniciativa pode ser um caminho para o consenso entre os parlamentares. A proposta é que a nova tentativa de votação da proposta aconteça na tarde desta quinta-feira. 

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