Deputado afirma que PEC das Bondades não é eleitoral, mas reconhece ganhos do governo

Proposta que amplia e cria novos benefícios sociais teve tramitação rápida para ser aprovada antes do início do recesso parlamentar

  • Por Jovem Pan
  • 15/07/2022 09h31
Reprodução/Instagram/@altineucortesrj altineu-cortes-deputado-federal-camara-dos-deputados Deputado Altineu Côrtes durante sessão plenária da Câmara dos Deputados

O Congresso Nacional promulgou a Proposta de Emenda à Constituição que estabelece o estado de emergência e permite que o governo crie e amplie benefícios sociais mesmo em ano eleitoral. Chamada de PEC das Bondades, a proposta teve tramitação rápida para ser aprovada antes do início do recesso parlamentar. A larga margem de votos na aprovação não amenizou polêmicas no entorno do processo, que foram tema da entrevista do deputado Altineu Côrtes (PL-RJ) ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News. De acordo com o parlamentar, a oposição dificultou a aprovação da medida.

“Existiu toda uma polêmica na aprovação da PEC porque a oposição fez um trabalho, na minha opinião, muito triste para a democracia pelo seus posicionamentos. Eles se posicionavam dizendo ser a favor, mas atrapalharam o tempo inteiro a tramitação. Aquela história de torcer para dar errado, dizendo que estavam apoiando. Mas o Brasil ganha com isso porque essa PEC veio atender as pessoas que mais precisam”, declarou.

A respeito das acusações de que a PEC teria motivação primária de favorecer o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições, o deputado negou que a ampliação dos benefícios tenha esse objetivo, mas reconheceu que o governo se beneficia com a aprovação: “Graças ao Senado Federal e à Câmara do Deputados essa PEC foi aprovada e vamos ter um auxílio de no mínimo R$ 600. Além do voucher para caminhoneiros, dobramos o valor do Vale Gás e mais de 1,6 milhão de novas famílias vão ser contempladas com o Auxílio Brasil e estavam necessitando desse apoio. Na realidade essa PEC não tem a questão eleitoral, tem a necessidade de apoio do Governo Federal”.

“Obviamente que a gente conseguir atender agora uma maior parte de brasileiros e aumentar esse benefício para as pessoas é muito importante e não podemos ser hipócritas de dizer que isso não pode melhorar o posicionamento do governo diante da população. Se você está atendendo as pessoas que mais precisam, a classe dos caminhoneiros e dos taxistas diante da crise mundial que atinge o mundo inteiro, que é a crise do petróleo também, esse reconhecimento pode acontecer de uma forma mais forte em relação ao presidente Bolsonaro”, ponderou.

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