Deputado diz que ‘há 99% de chance’ da Alerj aprovar admissibilidade de impeachment contra Witzel

Segundo Luiz Paulo, o governador terá o tempo equivalente a três sessões da Casa para apresentar sua defesa

  • Por Jovem Pan
  • 29/08/2020 08h43 - Atualizado em 29/08/2020 08h44
Divulgação/Facebook O deputado estadual do Rio de Janeiro Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB) Luiz Paulo destaca que o rito de impeachment na Alerj considera informações da Operação Favorito, que investigou esquemas de superfaturamento em compras e serviços contratados durante a pandemia

O deputado estadual do Rio de Janeiro Luiz Paulo (PSDB) acredita que há 99% de chance da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovar a admissibilidade do impeachment contra Wilson Witzel. A declaração do parlamentar acontece após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) revogar a decisão do também ministro Dias Toffoli e manter o rito de impedimento. Para Luiz Paulo, que é um dos autores do pedido de impeachment na Assembleia, os desdobramentos da Operação ‘Tris in Idem’ aprofundaram as suspeitas contra o governador. ” Os fatos foram aprofundados, um deles é o fato dele [Witzel] ter reclassificado a Unir, ligada ao grupo de Mário Peixoto, mesmo quando havia pareceres para que a requalificação não ocorresse. Ele não só assinou como publicou no Diário Oficial. No pedido de impeachment também consta o recebimento de recursos ligado ao empresário Mário Peixoto pela primeira-dama [Helena Witzel] usando seu escritório de advocacia e também irregularidades para compras de equipamentos e os casos dos hospitais de campanha”, enumera.

Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, Luiz Paulo destaca que o rito de impeachment na Alerj considera informações da Operação Favorito, que investigou esquemas de superfaturamento em compras e serviços contratados durante a pandemia da Covid-19. Segundo ele, no entanto, novos dados de ações posteriores, como da Operação Tris in Idem, ocorrida nesta sexta-feira, 28, e que levou ao afastamento do governador Wilson Witzel por 180 dias, não podem ser acrescentados. No entanto, de acordo com o parlamentar, há existem indícios “sólidos” que houve crime de responsabilidade. “Constam elementos muito sólidos que houve crime de responsabilidade, então a operação aprofundou as denúncias. Se o governador tinha chance de ser afastado na ordem dos 90%, após a operação, há 99% de possibilidade da Assembleia aprovar a admissibilidade do impeachment de Witzel [na Alerj], o que encaminhará para o afastamento do governador”, reforçou. Segundo o deputado estadual, com a decisão o processo de impeachment deve “continuar do ponto em que estava” na Assembleia, reforçando que o governador terá o tempo equivalente a três sessões da Casa para apresentar sua defesa. O prazo será retomado na segunda-feira, 31.

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