Deputado diz que reforma tributária não pode ser aprovada a ‘toque de caixa’ e defende votação após recesso
Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, Mendonça Filho disse que clima político para aprovação da proposta é favorável
A Câmara dos Deputados iniciou nesta segunda-feira, 3, a semana de esforço concentrado para aprovação de pautas econômicas, entre elas, a reforma tributária. De acordo com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), a aprovação do texto, sob relatoria do deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), é a prioridade – a ideia de Lira é aprovar ao menos o primeiro turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) antes do início do recesso parlamentar, marcado para 18 de julho. No entanto, o deputado federal Mendonça Filho (União Brasil-PE) disse na manhã desta terça-feira, 4, em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, que a proposta não pode ser discutida e aprovada a “toque de caixa”. “É uma reforma extremamente complexa, difícil e envolve um conflito federativo. Para harmonizar tantos interesses não é tão simples. E essa reforma, que é a maior proposta de mudança na estrutura tributária do Brasil desde a Constituição de 1988, não pode ser discutida e aprovada a ‘toque de caixa’, como querem alguns líderes dentro do Congresso. Ela precisa de um consenso, que possamos buscar uma negociação onde equilibre os pesos. Entendo que essa reforma deveria ser adiada para o próximo semestre”, comentou. Mendonça Filho ainda afirmou que o clima político para aprovação é mais favorável em comparação a outros momentos históricos relacionados a reforma tributária. “Nunca se avançou tanto. E devemos buscar um resultado final que simplifique o modelo tributário e que possa gerar menos impostos para os mais pobres e mais ricos, além de desonerar o setor produtivo”, completou.
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