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Despedida de Janot no STF tem elogios de Cármen Lúcia e troca de farpas com Mendes

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A despedida do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nesta quinta-feira (14) no Supremo Tribunal Federal aconteceu minutos após a divulgação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer.

Muito atacado, Janot se defendeu e disse que apenas cumpriu a Constituição: “tenho sofrido nesta jornada que não poucas vezes pareceu-me inglória toda a sorte de ataques, resigno a meu destino, porque mesmo antes de começar saberia que haveria um custo por enfrentar esse modelo político corrupto e promotor de corrupção cimentado por anos de impunidade e descaso. As páginas da história hão certamente de contar com a isenção e verdade o lado que cada um escolheu para travar sua batalha pessoal neste processo”.

Mais cedo o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, desafeto de Janot, alfinetou o procurador-geral da República: “eu diria em relação ao procurador-geral Janot uma frase ‘que saiba morrer quem viveu não soube’”.

Em resposta Janot citou Fernando Pessoa: “a beleza é bastante em estar aqui e não em noutra parte qualquer”.

A presidente do Supremo Tribunal Federal, a ministra Carmem Lúcia, elogiou o trabalho de Rodrigo Janot e fez questão de ressaltar a importância do Judiciário brasileiro: o poder Judiciário e este Supremo Tribunal Federal não deixarão em desvarios os cidadãos brasileiros que podem contar sempre com a certeza de que nós somos passageiros, mas a Justiça é permanente”.

A nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, toma posse na segunda-feira (18). A solenidade foi antecipada para o início da manhã uma vez que o presidente Michel Temer que tem viagem marcada para os Estados Unidos faz questão de comparecer.

*Informações da repórter Luciana Verdolin

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