Dilma Rousseff critica sanções econômicas à Rússia em evento em Berlim

Segundo a ex-presidente do Brasil, os embargos produzem fome e miséria e devem promover uma maior regionalização das cadeias produtivas, como prevê o FMI

  • Por Jovem Pan
  • 24/04/2022 10h41 - Atualizado em 24/04/2022 13h07
ERNANI OGATA/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO Dilma Rousseff Ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) participou do Brazil Summit Europe, um seminário que é realizado em Berlim, e, na ocasião, declarou ser contra as sanções econômicas que estão sendo impostas à Rússia por causa da invasão da Ucrânia pelos países ocidentais e capitaneada pelos Estados Unidos. Dilma citou dois exemplos de embargos econômicos que não tiveram sucesso para mudar o regime dos países, o embargo americano a Cuba, há 60 anos, e também a Venezuela, que é sancionada pelos Estados Unidos desde 2017 e que, inclusive, recentemente, em função do embargo dos Estados Unidos ao petróleo russo, fez com que o governo norte-americano sentasse para conversar sobre a possibilidade de negociar a compra de petróleo com a Venezuela. Ela disse que tais embargos produziram apenas mortes, fome e miséria. Ainda sobre essas sanções econômicas impostas pelo ocidente à Rússia, Dilma afirmou que elas servirão para remodelar a economia mundial, promovendo uma maior regionalização das cadeias produtivas, numa espécie de desglobalização, como vem prevendo o Fundo Monetário Internacional (FMI).

*Com informações da repórter Carolina Abelin 

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