Diretor da AbriLivre alerta para aumento no preço dos combustíveis com mudança no ICMS

Representante dos revendedores de combustíveis independentes, Rodrigo Zingales, criticou estratégias adotadas pelas distribuidoras de combustíveis para aumentar lucros

  • Por Jovem Pan
  • 02/06/2023 12h45
REUTERS/Amanda Perobelli Combustivel Abastecimento de combustível no Rio de Janeiro; preços devem ficar mais caros a partir de junho

O valor médio da gasolina nos postos brasileiros deve aumentar a partir de quinta-feira, 1º, já que a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o combustível irá mudar. A partir desta data, o imposto terá uma alíquota única e fixa sobre o litro da gasolina. A cobrança sobre o litro do combustível será de R$ 1,22 em todo o país. Hoje, ela é feita em percentual sobre o preço de venda do produto, variando de 17% a 18%. A mudança no imposto pode neutralizar a queda anunciada anteriormente pela Petrobras após mudança na política de preços, como avalia o diretor da Associação Brasileira de Revendedores de Combustíveis Independentes e Livres (AbriLivre), Rodrigo Zingales, em entrevista à Jovem Pan News: “É fundamental que governo, Senacon e Procon informem isso aos consumidores brasileiros, porque no final das contas são os consumidores brasileiros que vão sentir no bolso essa diferença”.

“Principalmente para não apontar o dedo para o dono do posto, que é sempre considerado, infelizmente, o vilão pelos aumentos verificados, quando na verdade o dono do posto é tão prejudicado quanto o consumidor por esses aumentos”, declarou. Zingales ainda criticou certas estratégias adotadas pelas distribuidoras de combustíveis: “Elas compraram da Petrobras, por exemplo, gasolina e diesel a preços mais baixos, aproveitam e não vendem para os postos aqueles preços mais baixos e esperam o anúncio de aumento para poder vender para os postos. Isso é péssimo e hoje, em termos de distribuição de combustível, a gente tem cerca de quatro distribuidoras bandeiradas que controlam, a nível nacional, mais de 65% de toda a oferta de gasolina diesel e etanol no país. Em nível estadual, o controle delas chega a superar 90%”.

*Com informações do repórter Marcelo Mattos

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