Doria: Em meio à crise do coronavírus, não é hora de colocar ideologia ou partido
O governador de São Paulo, João Doria, afirmou que a crise do novo coronavírus não deve ser politizada. De acordo com ele, essa é a “maior crise da história mundial” e que “não é hora de colocar ideologia, partido, processo eleitoral ou brigas”.
“Fico feliz do presidente Bolsonaro ter dado um passo para trás e ter tido humildade para conversar com os governadores. Esse recuo foi a medida certa. Fazer críticas à mim, ao Witzel e outros governadores não contribui em nada para solucionar a crise do novo coronavírus”, completou.
Em entrevista ao Jornal da Manhã, ele também disse esperar que o presidente continue “nessa linha” e que controle seus filhos para produzir informações mais positivas.
“Ele tem que colocar a Presidência da República a serviço do Brasil e dos brasileiros onde quer que eles estejam. Precisamos estar unidos, inclusive com a opinião pública. Só sairemos dessa crise se trabalharmos juntos e formos solidários.”
João Doria também afirmou, com exclusividade à Jovem Pan, que testou negativo para o novo coronavírus. Ele realizou o teste após o infectologista e coordenador do centro de contingenciamento da covid-19, David Uip, ter testado positivo na última segunda-feira (23).
Investimentos
O governador reforçou as informações da coletiva desta segunda-feira (23) e disse que o Estado vai investir em ações de saúde, teste e equipamentos em combate ao novo coronavírus com os R$ 7,2 bilhões economizados da dívida suspensa temporariamente, por seis meses, pelo STF.
Doria ressaltou que o Estado de São Paulo tem responsabilidade por quase 40% da economia de todo o Brasil e que, por isso, não pode tomar decisões erradas.
“Não podemos ter um colapso na economia. Só pararemos as fábricas como seja um situação extrema. Nós não podemos bloquear completamente a economia e abastecimento de um país. É uma decisão muito difícil.”
João Doria finalizou dizendo que o Estado contratou uma das maiores consultorias do mundo para ajudar a administrar a crise do novo coronavírus no Brasil e que a empresa traz informações privilegiadas sobre medidas que deram ou não certo nos países que já enfrentaram o pico da covid-19 — como China e Japão.
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