Economia de baixo carbono vai garantir recuperação do país, diz CEO da Amcham Brasil

Para impulsionar agenda ambiental no país, empresas do setor privado lançaram o movimento ‘Brasil pelo Meio Ambiente’

  • Por Jovem Pan
  • 22/04/2021 10h34 - Atualizado em 22/04/2021 10h43
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Agência Brasil Floresta Amazônica vista de cima Deborah Vieitas cita a preservação dos biomas como uma ação positiva também para a economia brasileira

Um grupo de empresas lançou nesta quinta-feira, 22, o movimento “Brasil pelo Meio Ambiente”. O objetivo da ação, iniciada na data em que acontece a abertura da Cúpula do Clima, nos Estados Unidos, é inspirar outros empresários, assim como o próprio governo federal, a avançarem na agenda ambiental, explica a CEO da Amcham Brasil, Deborah Vieitas, que destaca a importância da preservação também para a economia. “Primeiro porque precisamos e constatamos os efeitos das mudanças climáticas na nossa vida e nos negócios. A segunda razão é econômica. O Brasil tem sorte de ter os principais biomas, entre eles a Amazônia, e eles asseguram ao nosso país uma matriz energética das mais limpas e uma agricultura de muito sucesso. Se quisermos preservar muitas das nossas vantagens, a preservação ambiental é necessária”, afirmou. A ação das empresas traz inventário com mais de 100 iniciativas adotadas pelas companhias que, segundo Deborah, representam mais de R$ 13 bilhões em investimentos e a redução no consumo de carbono.

“É na direção de uma economia de baixo carbono que vamos poder garantir a retomada econômica brasileira e a preservação dos nossos biomas. Essa questão de ter agenda ambiental onde esforços do setor privada e não substituem os esforços do governo, que vão garantir ao Brasil uma agenda de inserção internacional melhor, uma posição melhor na conclusão de acordos, possibilidade de atrair mais investimentos, facilitar a entrada para a OCDE e aproximação com grandes parceiros”, disse. Deborah Vieitas reforça que a ação da iniciativa privada não busca substituir os esforços e as responsabilidades do Estado, apenas colaborar para um rápido avanço das mudanças. “O setor privado tem papel nessa agenda, nós vemos um grande número de empresas avançando rapidamente na direção de reformular seus modelos de negócios para que sejam sustentáveis. Objetivo [da ação] é destacar o que já é feito e incentivar o setor privado a fazer sua parte, não eximindo o governo de ter que avançar bastante na sua agenda”, ressaltou, destacando a importância da presença do Brasil na Cúpula do Clima. “Muito emblemática a pressão que diversas empresas e grupos têm feito sobre o governo para que avancemos rapidamente de maneira mais ambiciosa. Na Cúpula do Clima, vamos ver o nível de ambição que o governo levará ou não.”

 

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