Efeitos adversos graves à vacina da Pfizer são raros, diz coordenador de pesquisas no Brasil
Segundo Cristiano Zerbini, os possíveis efeitos colaterais são os mesmos esperados para qualquer imunizante
O coordenador das pesquisas com a vacina da Pfizer no Brasil, Cristiano Zerbini, disse nesta terça-feira, 23, que os possíveis efeitos colaterais são os mesmos esperados de qualquer imunizante, sendo ou não contra a Covid-19. Segundo ele, as reações podem aparecer até sete dias após a aplicação. “E pode ocorrer uma reação alérgica em alguns pacientes, raros pacientes, que já tenham passado alérgico muito importante. Mas de uma forma geral é muito pequena e pode ser tratada com analgésicos muito simples”, disse.
Zerbini, que também é diretor do Centro Paulista de Investigação Clínica, assegurou que a vacina é eficaz contra variantes do coronavírus, mas pesquisas estão em andamento. “Depois da primeira vacinação, dez a 14 dias dias depois, você tem em torno de 80% a 85% de proteção. Depois que você toma a segunda dose, que é 21 dias depois da primeira, sete dias após a segunda dose você tem 95% de proteção”, afirmou. Ele acredita que até 100 milhões de doses poderiam chegar ao Brasil ainda em 2021.
Para a epidemiologista Carla Domingues, ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, as exigências impostas à farmacêutica precisam ser revistas. “Mas nós já viemos que essa tecnologia, apesar de ser nova, é muito segura. Essa vacina já foi aplicada em mais de 50 países, mais de 50 milhões de pessoas, e não houve nenhuma ocorrência de eventos graves”, reforçou Domingues. Até o momento, não há previsão de quando a vacina da Pfizer estará disponível no Brasil.
*Com informações da repórter Camila Yunes
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