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Em audiência pública, mulheres afirmam que combate ao assédio vai além de vagões exclusivos em metrôs

Metrô

Uma audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília, deu voz a entidades que defendem o direito da mulher de usufruir de vias públicas sem medo de ser assediada.

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A ideia era debater soluções para tornar os espaços urbanos mais seguros para mulheres.

A arquiteta e urbanista Joice Berth ressaltou, durante o encontro, que as cidades não são iguais para todos.

O debate foi promovido com as comissões de Defesa dos Direitos da Mulher e de Desenvolvimento Urbano. Um dos temas foi a criação dos vagões exclusivos para mulheres nos metrôs e trens.

A medida, que vem ocorrendo em diversas capitais brasileiras, ainda divide opiniões. Flávia Gianini, integrante do movimento “Jornalistas contra o Assédio”, questionou qual deveria ser a resposta imediata para o problema do assédio. Mesmo contrária à segregação, ela expôs números que mostram a efetividade de vagões exclusivos.

No Japão, por exemplo, vagões só para mulheres foram iniciados no começo dos anos 2000, também como forma de impedir o assédio sexual. A estudante Ami Iwaya morava no país asiático e chegou a frequentar esses locais exclusivos para mulheres. Para ela, a medida é necessária, principalmente no Brasil.

Já a estudante Cintia Nascimento é mais radical, e defendeu uma mudança de comportamento dos homens.

Só em São Paulo um caso de assédio em transporte público é relatado a cada dois dias. Canais de denúncia imediata por WhatsApp e SMS, como adotados no metrô da cidade, mostram-se eficazes. Mas, muitas mulheres ainda reclamam da falta de ajuda dos agentes públicos.

*Informações da repórter Marcella Lourenzetto

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