Em carta, ex-ministros da Educação afirmam que Inep ‘está em perigo’
Segundo o documento, o enfraquecimento do instituto coloca em risco as políticas públicas; Fernando Haddad, Aloizio Mercadante e Rossieli Soares estão entre os responsáveis pelo manifesto
Sete ex-ministros da Educação assinaram uma carta na qual afirmam que o Inep “está em perigo” diante do atual governo. De acordo com o manifesto, o instituto “vem sendo gravemente enfraquecido, e isso coloca em risco políticas públicas cruciais para gestores educacionais, professores, alunos, familiares, além de governantes de todos os níveis”. A carta é assinada por Tarso Genro, Fernando Haddad, Cid Gomes, José Henrique Paim, Aloizio Mercadante, Mendonça Filho e Rossieli Soares. Eles afirmam ainda que “as posições da gestão atual não têm sido preenchidas com indicações de quadros técnicos qualificados para as funções”. No documento, os ex-ministros afirmam que o Ministério da Educação exclui constantemente o Inep de debates sobre a atuação de prerrogativa legal do órgão, como a reformulação do Ideb e as avaliações para medir a alfabetização das crianças no 2º ano do ensino fundamental.
Eles concluem a declaração afirmando que “tiveram a honra de comandar esse ministério em algum momento da história recente do país e sentem-se compelidos a fazer um apelo ao governo federal e à sociedade: respeitem, valorizem e reconheçam o papel de Estado desta instituição. O Inep é fundamental para a produção de dados sobre a educação brasileira”. O instituto é o principal organizador do Enem e responsável também por outras provas, como Revalida e Enade. Além disso, a instituição organiza censos e estatísticas sobre a educação brasileira. Ao longo do atual governo, a autarquia já teve cinco presidentes.
*Com informações da repórter Camila Yunes
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