Em convenção, Bolsonaro diz que Aliança é ‘oportunidade de unir brasileiros de bem’

  • Por Jovem Pan
  • 22/11/2019 06h37
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Reprodução/Twitter Símbolo do Aliança Pelo Brasil Placa feita com cartuchos de armas foi destaque na 1ª convenção da Aliança pelo Brasil, no hotel Royal Tulip, em Brasília

O presidente Jair Bolsonaro deu, nesta quinta-feira (21), o ponta-pé inicial para a criação do partido Aliança pelo Brasil. Ele será o presidente da legenda, e terá como primeiro vice o senador Flávio Bolsonaro. O filho mais novo do presidente, Jair Renan Bolsonaro, entra na política e também fará parte da comissão provisória do diretório nacional do partido.

No discurso que fez durante a cerimônia de lançamento, o presidente da República afirmou que o Aliança é a oportunidade de unir “todos os brasileiros de bem” pelo futuro do país. “Sei que não terei paz até o final do mandato mas, eu tenho certeza que nós, pessoas de bem, vamos, cada vez mais, lutar e atingir os nossos objetivos para termos um Brasil muito melhor do que o que peguei em janeiro deste ano”, declarou.

A ideia de Bolsonaro é acelerar o processo de criação do Aliança pelo Brasil para que candidatos à prefeito e vereador já possam disputar a eleição do ano que vem pela legenda. A questão é que, para ser registrado oficialmente e poder disputar o pleito, o partido ainda precisa coletar cerca de 500 mil assinaturas em pelo menos nove estados, e todas precisam ser validadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

De qualquer forma, como mostra o presidente, já há uma estratégia caso não dê tempo. “São problemas que nós temos de burocracia, não é governo federal, são Estados e municípios que também tem os seus mecanismos burocráticos para atrasar. Vamos mudar isso com uma boa bancada, que nós temos, com outras melhores que virão. Espero que dê tempo de formar o partido, se não der, quiser se candidatar por outro partido, os receberemos no futuro de braços abertos, sem problemas nenhum”, garantiu.

O Aliança pelo Brasil foi lançado com a promessa de combater o comunismo, o globalismo e “toda ideologia que atente contra a dignidade humana e a ordem natural”. Essas informações estão no programa fundador do partido, lido pela advogada e tesoureira da legenda, Karina Kufa. Ela ressaltou o respeito a Deus e a religião, e afirmou que o Aliança se baseará na defesa da vida, da família e das crianças, com o “combate à ideologia de gênero e à erotização da infância”.

Ao falar do estatuto, o secretário-geral do partido, Admar Gonzaga, disse que o Aliança será a primeira legenda do país a ter regras de compliance. Segundo o ex-ministro do TSE, os filiados ao partido deverão, entre diversos requisitos, não ter condenações em 2ª instância por crimes hediondos ou equiparados a eles, crimes contra a mulher, crianças e adolescentes, e de lavagem de dinheiro.

*Com informações do repórter Antonio Maldonado

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