Em crítica a governadores, Bolsonaro diz que Brasil precisa de ‘novo grito de independência’

Presidente falou sobre as medidas restritivas impostas para conter a pandemia e afirmou que alguns comandantes estaduais querem impor uma ditadura

  • Por Jovem Pan
  • 27/04/2021 06h59 - Atualizado em 27/04/2021 09h14
FILIPE BISPO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO O presidente da república, Jair Bolsonaro, durante entrega alimentos nesta sexta-feira(23) em Belém do Pará Bolsonaro diz que a responsabilidade sobre as medidas restritivas, o fechamento de comércios e o desemprego não é dele

O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar, nesta segunda-feira, 26, governadores e prefeitos que vêm determinando medidas restritivas para tentar conter a pandemia de Covid-19. Em um evento na Bahia, o presidente afirmou que ‘está chegando a hora de o Brasil dar’ o que chamou de ‘um novo grito de independência’. Segundo ele, os comandantes estaduais e municipais estão agindo como “pseudo ditadores“, o que não pode ser admitido. Bolsonaro diz que a responsabilidade sobre as medidas restritivas, o fechamento de comércios e o desemprego não é dele, e garante que o que define como ‘suplício’ está chegando ao fim. “Tá chegando a hora do Brasil dar um novo grito de independência, não podemos admitir alguns pseudo-governadores querer impor a ditatura no meio de vocês, usando do vírus para subjugá-los. Pode ter certeza, esse suplício está chegando ao fim. Brevemente voltaremos à normalidade com o apoio de todos.”

O presidente aproveitou o discurso para falar sobre o Orçamento 2021, sancionado por ele com cortes de quase R$ 30 bilhões. Esse bloqueio orçamentário contempla, inclusive, verbas que iriam para ministérios, como o da Educação, que receberá R$ 4 bilhões a menos, e o da Saúde, que mesmo durante a pandemia, deixará de receber R$ 2 bilhões que estavam previstos. De qualquer forma, segundo Bolsonaro, o investimento será feito assim que o dinheiro estiver disponível. “Aqueles que criticaram os cortes nos orçamentos, foi cortado sim por uma questão técnica, mas com certeza, pelas visas legais, obviamente, nós faremos a devida composição do nosso Orçamento. O Brasil não pode e não vai parar”, disse. O corte dos R$ 2 bilhões que iriam para o Ministério da Saúde afetou ações de enfrentamento à pandemia e o projeto de custeio para assistência hospitalar e ambulatorial. Na Fiocruz, por exemplo, três programas de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação sofreram redução de R$ 10 milhões.

*Com informações do repórter Antonio Maldonado

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