O ministro da Justiça, Sergio Moro, participou na manhã desta terça-feira (22) de um painel sobre o tema “restaurando a confiança e a integridade” no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.
Os demais participantes do Fórum, representantes da OCDE, e da Transparência Internacional, falaram sobre um certo desconforto em relação a governos populistas que acenam com uma bandeira de combate à corrupção durante suas campanhas mas, quando são eleitos, acabam fazendo pouco para resolver a questão. Eles usaram como exemplo Silvio Berlusconi, na Itália.
Moro defendeu o governo do presidente Jair Bolsonaro e disse que o caso de Berlusconi era muito diferente, já que o italiano não respeitava a separação de poderes e estava envolvido em muitos casos.
O ministro da Justiça brasileiro ainda reforçou que no atual governo de Bolsonaro existe um forte compromisso contra a corrupção, com a adoção de práticas para combater o problema e a nomeação de pessoas técnicas.
O ex-juiz federal foi questionado sobre as investigações em relação ao ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz. O ministro se limitou a dizer que não cabe a ele comentar sobre isso, mas que as instituições estão funcionando.
No evento, Moro também afirmou que o Brasil não descarta investigar o dinheiro vindo da Venezuela, e falou que a atuação do governo deve ter como base a justiça, e não critérios políticos.
Vale lembrar que na semana passada ele recebeu representantes da OEA e da oposição ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Na reunião, eles discutiram o rastreamento de possíveis movimentações financeiras de integrantes do governo venezuelano no Brasil.
Esta foi a primeira participação de Moro no Fórum de Davos. Nesta quarta-feira (23), ele ainda deve participar de um almoço sobre o futuro do Brasil e, em seguida, de uma conferência com discussões sobre combate à corrupção.
E amanhã, dia 24 de janeiro, o ministro participará de um painel com o tema “o crime globalizado”.
*Informações da repórter Mariana Janjacomo