Em debate, Covas sobe tom contra Russomanno; segundos colocados trocam ataques

Bruno Covas, Celso Russomanno, Guilherme Boulos, Márcio França, Jilmar Tatto e Arthur do Val participaram do debate promovido nesta terça-feira

  • Por Jovem Pan
  • 11/11/2020 09h16
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WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO prefeito de São Paulo, Bruno Covas No início do evento, Bruno Covas atacou Celso Russomanno ao falar sobre corrupção

O prefeito e candidato à reeleição Bruno Covas (PSDB) foi alvo dos principais adversários num debate realizado nesta terça-feira pelo jornal Estado de S. Paulo e Faap. Brigando pela outra vaga no segundo turno, o candidato do Republicanos, Celso Russomanno, e Guilherme Boulos (PSOL) trocaram ataques. Também participaram do debate Márcio França (PSB), Jilmar Tatto (PT) e Arthur do Val (PRP). No início do evento, Covas atacou Russomanno ao falar sobre corrupção. O Republicanos, partido do candidato, abriga o senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, denunciado pelo esquema de ‘rachadinhas’. “É inaceitável que a gente tenha partidos políticos que passam a mão em cima da cabeça de aqueles que cometem desvios e a gente finge que não olha só porque é companheiro do mesmo partido”, afirmou. Russomanno rebateu, citando casos de corrupção no PSDB. “A gente precisa explicar o caso do Rodoanel, do Paulo Preto, que continua sendo defendidos pelo PSDB”, disse. Entre os três candidatos que disputam o segundo o lugar, o maior embate se deu entre Russomanno e Boulos, que repetiram o que vem acontecendo na propaganda do horário eleitoral. Em uma pergunta sobre habitação, Russomanno afirmou que o candidato do PSOL promove invasões a imóveis públicos e privados. Guilherme Boulos contra atacou dizendo que o candidato do Republicanos está desesperado. “Parece que a pesquisa de ontem [segunda] fez bater o desespero no Celso Russomanno, acho que ele ainda não entendeu. Ele está há 10 dias inventando mentiras na televisão e só caiu [nas pesquisas]. Não colou, as pessoas não acreditaram nas suas mentiras, Celso, porque você não tem credibilidade.”

Márcio França se esquivou de responder uma pergunta de Jilmar Tatto sobre lutar contra o fascismo, característica que o candidato do PT atribui ao presidente Jair Bolsonaro. “Não vou torcer contra o Brasil e nem contra São Paulo, se amanha um de vocês estiver na prefeitura terá todo meu apoio para fazer um grande governo. Essa ideia da gente fazer as coisas com antagonista absoluto pode ser servir para rede social”, disse. Durante o debate, Arthur do Val protagonizou embates, principalmente, com Tatto e Russomanno. O candidato do Patriota afirmou que Jilmar Tatto quer aumentar impostos na cidade; Tatto rebateu. “Arthur, não fala bobagem. Eu não falei em nenhum momento de aumentar imposto. Estou falando que vou fazer concurso público porque tem que fortalecer o Estado e os serviços públicos.” Em outra ocasião, Arthur do Val citou gastos de Russomanno, como R$ 4 mil mensais de telefone, e perguntou ao candidato do Republicanos o motivo desse valor alto. “Como defensor do consumidor, você sabe que qualquer plano de telefonia com R$ 100 ou R$150 você fala ilimitado. A pergunta é bem objetiva: por que o senhor gasta R$ 4 mil do nosso dinheiro, por mês, com linha telefônica?”, questionou. Exaltado, Russomanno respondeu que Arthur do Val ainda era “um bebê” quando ele começou a defender o consumidor. O próximo debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo será realizado pela TV Cultura na próxima quinta-feira, às 22h. Foram convidados os dez candidatos filiados a partidos que têm representação no Congresso Nacional.

Outros candidatos

Outros candidatos à Prefeitura de São Paulo também seguiram com compromissos da agenda eleitoral. Joice Hasselmann (PSL) se reuniu com representantes do setor imobiliário e empresários. Andrea Matarazzo (PSD) visitou o Conjunto Santa Inês/Nossa Semhora da Aparecida, na zona leste da capital. Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, o candidato do PCdoB, Orlando Silva disse que “nem tudo que é privado é bom e nem tudo que é público é ruim”, ao defender uma avaliação da privatização ou estatização de instrumentos públicos. Marina Helou (Rede) fez panfletagem e conversou com comerciantes na região da 25 de março, enquanto Vera Lúcia (PSTU) concedeu entrevistas e participou de uma live. Antônio Carlos (PCO) fez panfletagem e teve gravações.

*Com informações da repórter Nicole Fusco

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