Mirando o segundo turno, Boulos apostará em ‘desmascarar Bolsodoria’ na reta final
Pesquisa Ibope divulgada nesta segunda-feira mostrou o candidato do PSOL numericamente na segunda colocação pela primeira vez; integrantes da campanha também querem ampliar sua votação junto ao eleitorado progressista, sobretudo na periferia
A pesquisa Ibope divulgada na noite desta segunda-feira, 9, mostrou o candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, numericamente na segunda colocação pela primeira vez desde o início da campanha. O prefeito da cidade, Bruno Covas (PSDB), lidera isoladamente com 32%, seguido por Boulos, com 13%, Celso Russomanno (Republicanos), com 12%, e Márcio França (PSB), com 10% – como a margem de erro é de três pontos para mais ou para menos, há um empate técnico entre os três candidatos na segunda colocação. Na reta final, a campanha de Boulos aposta, principalmente, em “desmascarar o Bolsodoria” como estratégia para chegar ao segundo turno.
Integrantes da campanha ouvidos pela Jovem Pan dizem que o foco de Guilherme Boulos nesses cinco dias que antecedem o primeiro turno é aumentar a taxa de conhecimento do líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e ampliar sua votação junto ao eleitorado progressista, sobretudo na periferia. De acordo com o levantamento feito pelo Ibope, Boulos tem 21% das intenções de voto entre os eleitores com renda média familiar de mais de cinco salários mínios, 22% da preferência entre os mais instruídos e 22% dos eleitores de outras religiões que não a católica ou evangélica. “Nossa estratégia nesta reta final segue coerente com a proposta da nossa campanha: mostrar a verdade, desmascarando o Bolsodoria como representantes do atraso e mostrando que somos a única candidatura que pode derrotá-los no segundo turno”, disse um membro da campanha. Em entrevista à Jovem Pan na sabatina com os candidatos à Prefeitura de São Paulo, Boulos já havia afirmado que a cidade não pode ser “um puxadinho do Palácio do Planalto ou do Palácio dos Bandeirantes”. A declaração faz alusão aos apoios do presidente Jair Bolsonaro à candidatura de Celso Russomano e do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), a Bruno Covas.
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