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Em Goiás, autoridades visitam presídio que foi palco de rebelião com nove mortes

Justiça de Goiás vai promover mutirão para analisar processos de presos da penitenciária de Aparecida de Goiânia.

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Nesta quarta-feira (03), uma comissão visitou a unidade, onde nove presos morreram durante uma rebelião na segunda-feira, dia 1º de janeiro.

A inspeção ocorreu após uma ordem da ministra Carmen Lucia, presidente do STF e do Conselho Nacional de Justiça, que pediu explicações sobre o motim.

Durante a visita, foram constatadas falhas graves – como fiação exposta, grades enferrujadas nas celas, paredes perfuradas e telhados destruídos.

Em resposta, o presidente do Tribunal de Justiça de Goiás anunciou a transferência de detentos do regime semiaberto, que apenas dormem na prisão.

Além disso, o desembargador Gilberto Marques Filho explicou que um mutirão será organizado, na tentativa de reduzir a superlotação do presídio: “vamos fazer um levantamento, ver aquele que tem direito de progressão de pena de forma que isso irá contribuir para diminuir essa população interna”.

O presidente do Tribunal de Justiça de Goiás, Gilberto Marques Filho, deve enviar até sexta-feira um relatório com informações à ministra Cármen Lúcia.

O procurador-geral de Justiça do estado, Benedito Torres, disse que o cenário na Colônia Agroindustrial de Regime Semiaberto é dramático: “situação é caótica. Não só nesse presídio, mas em todos do Brasil”.

Benedito Torres ressaltou que a solução dos problemas levará tempo.

Já o superintendente da Secretaria Estadual da Segurança Pública, coronel Edson Araújo, reiterou a participação de facções criminosas na rebelião: “problema mais grave aqui foi fruto dos ecos das facções”.

O secretário Edson Araújo disse que o governo goiano procura um alojamento para abrigar os presos que apenas dormem na Colônia Agroindustrial.

Desde 2015, um relatório da Corregedoria do Tribunal de Justiça do estado alertava sobre a situação precária do presídio de Aparecida de Goiânia.

*Informações do repórter Vitor Brown

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