Em menos de 20 anos, Brasil registra nove ataques contra escolas

  • Por Jovem Pan
  • 14/03/2019 06h43 - Atualizado em 14/03/2019 08h53
  • BlueSky
EFE Ataque em Suzano deixou 8 mortos, além dos dois atiradores que se suicidaram

O ataque a tiros em uma escola de Suzano, em São Paulo, foi o nono incidente desta natureza no Brasil nos últimos 17 anos.

Em 2002, um aluno de 17 anos abriu fogo na escola particular Sigma, em Salvador, e deixou duas colegas mortas. Ele se entregou à polícia ainda dentro da escola.

No ano seguinte, o ex-aluno Edmar Aparecido Freitas, armado com um revólver calibre 38 e um punhal, invadiu a Escola Estadual Coronel Benedito Ortiz, na cidade de Taiúva, interior de São Paulo. O atirador de 18 anos deixou um aluno paraplégico e feriu outras sete pessoas antes de se matar. Segundo as investigações, ele era vítima de bullying escolar.

Um dos casos mais notórios aconteceu em 2011, no bairro de Realengo, no Rio de Janeiro. Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, invadiu a Escola Municipal Tasso da Silveira e atirou contra os alunos que assistiam às aulas. O crime deixou 12 crianças mortas e 13 feridas, todas entre 12 e 14 anos.

O atirador usou dois revólveres e chegou a recarregar diversas vezes antes de ser atingido por um policial e se suicidar. Wellington também era ex-aluno da instituição contra a qual abriu fogo.

No mesmo ano, um aluno de apenas 10 anos atirou contra uma professora na Escola Municipal Alcina Dantas Feijão, em São Caetano do Sul. O estudante usou um revólver calibre 38 que pertencia ao pai, um guarda-civil municipal. Depois do ataque, o atirador também se suicidou. A professora, de 38 anos, sobreviveu.

Em 2012, dois adolescentes dispararam contra alunos na escola estadual Enéas Carvalho, em João Pessoa, capital da Paraíba. De acordo com as investigações, a dupla tinha como alvo um jovem de 15 anos, que ficou ferido no ataque. Outras duas vítimas, que estavam próximas ao garoto, também foram atingidas.

Mais recentemente, em 2017, um adolescente de 14 anos atirou dentro do Colégio Goyases, em Goiânia. Dois estudantes morreram e quatro ficaram feridos no ataque. As testemunhas relataram que o atirador estava dentro da sala de aula e efetuou os disparos no intervalo, quando retirou uma pistola da mochila. Enquanto ele se preparava para recarregar a arma, a coordenadora da instituição o convenceu a parar o ataque.

Também em 2017, um homem ateou fogo em uma creche em Janaúba, Norte de Minas Gerais. Damião Soares dos Santos era funcionário do Centro Municipal de Educação Infantil Gente Inocente e estava de licença médica no dia do ocorrido. O agressor jogou álcool nele mesmo e em alunos, deixando nove mortos: oito crianças e uma professora.

O último episódio antes de Suzano foi em Medianeira, no Paraná, ano passado. Um jovem de 15 anos atirou contra colegas de classe do Colégio Estadual João Manoel Mondrone e deixou 2 feridos. O autor dos disparos e outro adolescente foram apreendidos pela polícia por envolvimento neste crime. De acordo com relatos, um deles sofria bullying e tinha 9 jovens como alvo do ataque que ele planejou por 2 meses.

*Informações da repórter Nanny Cox

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.