Entenda a importância da vacinação contra a Covid-19 para pacientes oncológicos

Mesmo com baixa taxa de mortalidade, oncologista defende imunização prioritária

  • Por Jovem Pan
  • 14/01/2021 11h21 - Atualizado em 14/01/2021 11h23
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EFE/EPA/BIONTECH SE / HANDOUT HANDOUT EDITORIAL USE ONLY/NO SALES Vacina sendo aplicada Andrea Borges ressalta que os pacientes com câncer, não só podem, como devem receber a vacina

A grande expectativa para 2021 é o início da vacinação contra a Covid-19. Mesmo sem aprovação da Anvisa, o Estado de São Paulo já anunciou o início da imunização para 25 de janeiro, visando priorizar indígenas, quilombolas e os idosos com mais de 60 anos, de forma escalonada. Enquanto isso, mesmo sem data definida, a proposta do governo federal é que a imunização comece na próxima semana para os grupos prioritários. No entanto, em meio às expectativas, especialistas questionam o motivo para que pacientes oncológicos não estejam incluídos na lista prioritária para receber a vacina contra a doença.

Segundo um estudo feito pelo Memorial Hospital de Nova York e de Oxford, os pacientes com tumores sólidos tiveram os mesmos riscos, períodos de internações e chances de cura do que pessoas que não têm a doença. De acordo com a oncologista Andrea Borges, a taxa de mortalidade entre os pacientes oncológicos observada até o momento é baixa. Mesmo assim, existe a preocupação com pessoas que possuem outras doenças pré-existentes, que fazem parte do grupo de risco e com pacientes hematológios, portadores de tipos de câncer como leucemia, linfoma, mieloma múltiplo e, principalmente, os receptores de transplante de medula. “Eles têm uma imunidade um pouco mais frágil. É diferente do tumor sólido, o tumor na corrente sanguínea debilita mais o paciente, deixa o paciente mais frágil. Então a gente sabe que os tumores hematológicos têm mais fatores de risco do que tumores sólidos.”

A oncologista ressalta que os pacientes com câncer, não só podem, como devem receber a vacina. Mas é preciso identificar o melhor momento para o imunizante. “Quando está com a imunidade muito baixa pela quimioterapia, o ideal é esperar passar o momento mais crítico para depois fazer a vacinação. A vacina precisa ter uma imunidade do seu organismo ativa para reconhecer o que estou aplicando”, disse. Ainda segundo a especialista, a escolha de quem vai integrar a relação de beneficiados com a vacina, deve levar em conta não o diagnóstico de câncer, mas sim os critérios clínicos gerais de cada individuo.

*Com informações da repórter Catherina Achutti

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