Especial Amazônia 4: As operações para tentar coibir o desmatamento e as queimadas ilegais

Quarto episódio da série feita pela Jovem Pan releva que, em 2019, 876 mil hectares de floresta foram incendiados

  • Por Jovem Pan
  • 30/07/2020 07h20 - Atualizado em 30/07/2020 08h40
Welington Pedro de Oliveira Welington Pedro de Oliveira A Operação Verde Brasil 2, capitania pelas Forças Armadas na Amazônia, realizou 14 mil ações que geraram R$ 407 milhões de reais em multas

Os incêndios avançam e os números assustam. Em 2019, 876 mil hectares de floresta foram incendiados. As operações ocorrem para combater o desmatamento ilegal. A Operação Verde Brasil 2, feita pelas Forças Armadas na Amazônia, realizou 14 mil ações que geraram R$ 407 milhões de reais em multas. Recentemente, a operação Amazônia Viva flagrou vários crimes ambientais, na ocasião, foram apreendidos veículos, caminhos, motosserras, madeira sem documentação e armas de fogo. Os temas ambientais, muitas vezes, se deparam com entraves, esta é a avaliação do presidente da República. Durante sua live tradicional, respondendo a uma pergunta do jornalista José Maria Trindade, da Jovem Pan, Jair Bolsonaro enfatizou que a questão poderia ter avançado se fosse aprovada a Medida Provisória sobre o Plano Fundiário.

Para Rubens Benini, líder de restauração florestal da TNC (AL), a diretriz pode ser melhorada. De acordo com ele, o Brasil deveria criar um modelo próprio de desenvolvimento. “Um modelo de desenvolvimento e ocupação da terra, um modelo pioneiro de desenvolvimento que cabe ao nosso país. O nosso país tem um outro clima, é um país tropical, o solo na Amazônia é pobre, então é uma realidade bem diferente da Europa. A a gente deveria ter um modelo de ocupação bem diferente. O emprego do fogo para ação do solo está comprovado que não é benéfico.”

Enquanto não há um regramento que complemente todas as partes interessadas e possibilite um convívio pacífico em toda região, o governo tenta uma trégua com medidas mais enérgicas de combate às queimadas. Prestigiado pelo presidente da República que o assegura no cargo, o ministro do meio ambiente Ricardo Salles espera resultados do decreto que pode viabilizar uma dose de equilíbrio para a floresta Amazônica. “Proibindo as queimadas de forma absoluta na Amazônia e no Pantanal, com as exceções previstas em lei nos demais biomas”, afirma. O fato é que algo precisa ser feito com urgência na direção da proteção da maior floresta tropical do planeta. As futuras gerações dependerão de decisões tomadas a partir de agora. Pelo menos o que se vê é que os holofotes do mundo estão voltados para a Amazônia e a reação das autoridades governamentais têm mostrado uma resposta aos acontecimentos.

*Com informações do repórter Daniel Lian

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