‘Essa é só uma das ações’, diz deputado sobre projeto de lei que prevê anistia a Bolsonaro
Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, Junio Amaral admitiu que reverter a decisão do TSE de tornar o ex-presidente inelegível será difícil, mas que a ‘injustiça será evitada’
O deputado federal Junio Amaral (PL-MG) revelou na manhã desta segunda-feira, 3, que o projeto para anistiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o tornou inelegível na última sexta-feira, 30, é apenas “uma das ações” planejadas pela oposição do atual governo. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, o parlamentar criticou o julgamento da Corte Eleitoral e admitiu que o caminho para reverter a decisão será difícil. No entanto, Amaral diz que a “injustiça será evitada”. Caso seja aprovada na Câmara dos Deputados, a proposta segue para o Senado e, na sequência, vai para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Não é simples o caminho. Não é por ser difícil que devemos nos omitir. Precisamos buscar o avanço dessa proposição. Infelizmente, a maior parte da classe política vive com medo de decisões judiciais. Vive nas mãos, uns mais e outros menos, de decisões políticas do atual escalão Judiciário. Naturalmente, você vê resistência mesmo de parlamentares que reconhecem a grande injustiça que está sendo feita. Essa é só uma das ações. Tenho certeza que na oposição várias cabeças estão pensando para buscar outras saídas para evitar tamanha injustiça, principalmente com Bolsonaro. Sabemos que têm acontecido decisões arbitrárias e injustas com várias outras figuras políticas”, comentou Junio Amaral.
Ele ainda completou dizendo que o projeto de anistia a Bolsonaro é uma resposta aos eleitores do ex-presidente. “É uma perseguição política. Um ato de vingança para colocar inelegível um homem que conta com pelo menos a metade da população ao seu lado, como mostrou a última eleição. O Congresso Nacional, e agora me refiro principalmente aos deputados que estão hoje na oposição, precisa dar a resposta. E é função do parlamento também essa concessão de anistia, conforme dispõe o artigo 48 da Constituição. Estamos tentando desfazer essa injustiça dentro da nossa atribuição constitucional”, acrescentou.
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