Ex-diretor da Petrobras é condenado por fraudes em construção de plataforma

Jorge Zelada cumprirá pena de 9 anos e 5 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro

  • Por Jovem Pan
  • 01/12/2022 07h16
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CURITIBA, PR, 02.07.2015 - LAVA-JATO - O ex diretor da área Internacional da Petrobras, Jorge Luiz Zelada, preso na 15ª fase da Operação Lava Jato, denominada Conexão Mônaco, chega ao Instituto Médico Legal (lML) para realização de exame de corpo delito na tarde desta quinta-feira (2). Jorge Luiz Zelada é suspeito de ser beneficiário da corrupção na Petrobras. (Foto: Gabriel Jose/AGB/Folhapress) Folhapress Ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Jorge Zelada

Nesta quarta-feira, 30, a Justiça do Rio de Janeiro condenou o ex-diretor da área internacional da Petrobras, Jorge Zelada, a 9 anos e 5 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF) as irregularidades envolvem a construção da plataforma P50 da estatal. O MPF alega que Zelada recebeu US$ 3,3 milhões em formato de propina para ajudar um estaleiro, o Jurong, de Cingapura, a conseguir, no ano de 2006, um aditivo de contrato de US$ 67,5 milhões para que a petrolífera brasileira convertesse um navio na plataforma P50. Zelada teria elaborado um relatório justificando a necessidade desse aditivo de contrato. O ex-diretor da área internacional da estatal recebeu a propina em uma conta bancária na Suíça, segundo as investigações. Ele também chegou a ser preso em 2015, na 15ª fase da Lava Jato, mas foi solto em 2019.

O MPF afirma ainda que o suborno recebido por Zelada foi pago por duas pessoas, Júlio Faermann e Luís Eduardo Campos Barbosa da Silva, que seriam representantes do estaleiro no Brasil. Os dois fizeram um acordo de colaboração premiada. Júlio foi condenado a 2 anos e 9 meses de prisão e Luís Eduardo a 8 anos e 3 meses por corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Mas, as duas penas foram substituídas por 2 anos de prisão em regime aberto. A Jovem Pan News procurou os envolvidos no esquema de corrupção, mas não obteve resposta.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

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