Falha no combate à corrupção gera insatisfação com a Justiça, diz Fux

O presidente do STF defendeu que é preciso que os tribunais fiquem atentos às questões sociais

  • Por Jovem Pan
  • 25/02/2021 09h55 - Atualizado em 25/02/2021 12h37
Marcelo Camargo/Agência Brasil presidente do supremo, luiz fux, de máscara preta. ele é um homem branco, de cabelo grisalho. a foto mostra somente o rosto olhando para o lado O presidente do Supremo Tribunal Federal, o ministro Luiz Fux, participou do lançamento do projeto 'Justiça 4.0'

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luiz Fux, mandou nesta quarta-feira, 24, um recado aos tribunais de todo o Brasil. Segundo ele, é preciso ficar atento às questões sociais, principalmente no combate à corrupção. É preciso, de acordo com o presidente do Supremo, conquistar a confiança do povo. Para ele, a Justiça existe, e sobrevive, desde que tenha legitimidade democrática chancelada pela população. “Toda vez que o Judiciário falha no combate à corrupção, é mais um degrau que o Brasil desce na percepção da corrupção e gera mais um nível alarmante de insatisfação da população. Temos de velar pela imagem do Judiciário”, defendeu o ministro.

Fux admitiu que a PEC Emergencial, com o novo auxílio que deverá ser criado, trará dificuldades orçamentárias. Até por conta disso, ressaltou que é importante manter o foco no cumprimento das regras impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Na quarta, o presidente do STF participou do lançamento do projeto “Justiça 4.0”, que não trará, de acordo com Fux, custos extras aos tribunais. A ideia é garantir ferramentas de cruzamento de vários bancos de dados e ainda centralizar informações de bens apreendidos com a integração de todos os tribunais do país. “Vai propiciar um combate efetivo à corrupção, principalmente com a recuperação dos negativos do cruzamento de todos. Então nós vamos ter um banco de dados de bens disponíveis para os processos cíveis, mas também para que sejam aplicados em relação a criminalidade”, explica Fux. O presidente do Supremo aposta na utilização da tecnologia para reduzir custos e aumentar a eficiência da justiça brasileira.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

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