Falta de peças pode paralisar produção de veículos a nível mundial

Representante de categoria no Brasil acredita que fábricas podem parar pontualmente entre os meses de maio e junho por falta de matéria prima

  • Por Jovem Pan
  • 08/05/2021 06h51
Divulgação/Comunicação Volkswagen do Brasil carros sendo montados em fábrica Medida beneficiará produção de automóveis e eletros da linha branca

A pandemia mexeu fortemente com a cadeia de fornecedores das montadoras e a falta de peças pode paralisar a produção de veículos. O cenário é mundial, numa indústria cada vez mais tecnológica. “Tem uma ou outra fábrica parada. Pode acontecer durante maio e junho, nos próximos meses, outras paradas. Isso pode acontecer. A principal razão é o semi condutor, é muito difícil planejar isso. As empresas estão trabalhando com suas matrizes e os seus fornecedores, mas existe sim o risco de outras paradas acontecerem, mas não de forma generalizada, dependendo de cada empresa, cada fornecedor”, explicou o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos Moraes. Atualmente, é possível perceber falta de modelos nas concessionárias.

Em abril, a produção cresceu mais de 10.000% sobre abril de 2 mil e 20. O salto se deve ao período de fábricas fechadas após a primeira onda da pandemia. A comparação engloba 1.800 veículos montados contra 191.000 no mês passado. Na análise contra com março, porém, houve queda de 4 vírgula 7 por cento. Luiz Carlos Moraes avalia a recuperação econômica em mais um ano de pandemia. “Se a gente fizer a imunização da população e fizer a nossa lição de casa nas reformas que continuam sendo importantíssimas. Reforma administrativa, refazer a reforma tributária, que é fundamental para alavancar inclusive a exportação que eu falo, se a gente cresce com a exportação com certeza atingimos mais empregos”, explicou. No acumulado do ano, o setor registra crescimento de 34% com 788 mil veículos produzidos no primeiro quadrimestre sobre 2020. Em abril, foram vendidos 175.000 veículos, queda de 7,5% sobre março.

*Com informações do repórter Marcelo Mattos

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