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Família faz ato contra a morte de homem negro assassinado por vizinho militar

Vipuva de Durval Teófilo Filho chora em frente ao caixão do marido; enterro ocorreu nesta sexta, 4

Amigos e parentes de Durval Teófilo Filho, homem negro de 38 anos que foi morto por um vizinho militar da Marinha em um condomínio em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, fizeram um protesto neste sábado, na cidade de São Gonçalo. Eles pediram justiça, carregando faixas e cartazes, e falavam de um certo medo de que o caso caia no esquecimento. O autor dos disparos foi Aurélio Alves Bezerra, que é sargento da Marinha do Brasil. Os dois moravam no mesmo condomínio e chegavam ao mesmo tempo ao condomínio. Durval estava a pé e, ao se aproximar do carro do militar da Marinha, colocou a mão na bolsa, gesto que foi suficiente para que o sargento achasse que se tratava de uma tentativa de assalto. O militar sacou a arma e efetuou pelo menos três disparos contra Durval. Dois tiros atingiram Durval. O homem chegou a ser socorrido, levado para emergência, mas não resistiu aos ferimentos.

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O militar da Marinha está preso preventivamente. Inicialmente tinha sido indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. No entanto, as imagens do circuito de segurança do condomínio deixaram claro que primeiro ele atirou para depois saber quem era a pessoa que estava se aproximando do carro. Para a família, os tiros foram feitos Durval era negro. Depois da intervenção do Ministério Público, o indiciamento na polícia foi modificado para homicídio doloso, quando há intenção de matar. A família de Durval está inconsolada, indignada com o crime,  com muito medo e diz que vem recebendo ameaças, tentativas de agressão. Por isso, já deixou o condomínio em São Gonçalo. Durval deixou uma esposa e uma filha de seis anos de idade.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

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