General Edson Leal Pujol afirma que militares não querem fazer parte da política

No atual governo, além do próprio presidente e vice terem origens militares, nove dos 23 ministros vieram dos quartéis

  • Por Jovem Pan
  • 13/11/2020 07h44 - Atualizado em 13/11/2020 11h45
Valter Campanato/Agência Brasil Comandante do Exército, Edson Pujol Pujol também disse que o Brasil não tem recursos suficientes para garantir a soberania do país

O comandante do Exército, general Edson Leal Pujol, disse nesta quinta-feira, 12, em live do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa, que os militares não querem fazer parte da política, tampouco que a política entre nos quartéis. Essa é uma fala contundente, sobretudo por vir de um general tido como comedido em suas falas, e que mostra distanciamento da ala militar com o presidente da República, Jair Bolsonaro. “Não queremos fazer parte da política governamental ou política do Congresso Nacional e muito menos que a política entre em nossos quartéis.” Ainda assim, o comandante do Exército disse que se for para chamar um militar para o governo, a decisão é do Executivo, e não vê problemas nisso. Vale lembrar, que no atual governo, além do próprio presidente e vice terem origens militares, nove dos 23 ministros vieram dos quartéis.

O general Pujol, em sua fala, também disse que o Brasil não tem recursos suficientes para garantir a soberania do país. “As nossas Forças Armadas, no nosso Exército Brasileiro, na minha visão proporcional, são uma das menores do mundo em relação com o tamanho do nosso território e a nossa população. E nós somos muito aquém do que o Brasil precisa de ter Forças Armadas a sua altura para cumprir as missões constitucionais”, disse. Além do general, a live contou com a mediação do ex-ministro da defesa do governo de Michel Temer, Raul Jungmann, e do general da reserva Sérgio Etchegoyen, ex-chefe do gabinete de segurança institucional também no governo Temer.

*Com informações do repórter Fernando Martins

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