Governo adia para semana que vem decisão sobre auxílio emergencial e Renda Brasil

Governo ainda discute melhor momento de lançar novo programa social

  • Por Jovem Pan
  • 29/08/2020 07h35
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Dida Sampaio/Estadão Conteúdo Paulo Guedes não esconde que a discussão em torno do programa Renda  Brasil, que pretende substituir o Bolsa Família, tem causado muita polêmica dentro do governo

O presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a se reunir, nesta sexta-feira, 28, com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que admitiu que o governo está em um impasse. O pagamento do auxílio emergencial termina em agosto e o presidente já definiu que o benefício será  prorrogado até dezembro. Sobre o assunto, o ministro explicou, durante videoconferência com empresários,  que existem ainda dúvidas da forma que essa ajuda vai permanecer. Paulo Guedes não esconde que a discussão em torno do programa Renda  Brasil, que pretende substituir o Bolsa Família, tem causado muita polêmica dentro do governo.

Nesta semana, o ministro levou uma bronca do presidente por conta da proposta de se acabar com o chamado abono salarial. Guedes tratou a questão com bom humor e lembrou que os ministros podem até apresentar propostas, mas quem dá a decisão final e define o ritmo das propostas é sempre o presidente. Paulo Guedes lembrou que a crítica foi feita pelo presidente durante uma viagem. O ministro da economia afirmou que só não foi porque tinha muitas reuniões, exatamente para tentar fechar os valores do benefício social. O presidente está convidando lideranças do congresso nacional para discutir a proposta do Renda Brasil na próxima terça-feira, 1º. Até por conta disso, esse será mais um fim de semana de muito trabalho na área econômica.

Ainda de olho no apoio do senado, o  ministro da Economia se desculpou com o Senado Federal por ter afirmado que a Casa tinha cometido um crime quando derrubou o veto do presidente Bolsonaro ao reajuste de servidores até 2021. Guedes afirmou que o Senado sempre tem apoiado o governo nos temas prioritários e voltou a se comprometer com o teto de gastos, afirmando que o país está retomando o seu rumo e, por isso, é preciso de responsabilidade fiscal e transparência.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

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