Governo arrecada R$ 96,2 bi com privatizações e supera meta do ano

  • Por Jovem Pan
  • 04/10/2019 06h24
Estadão Conteúdo Salim Mattar afirmou que gostaria de um ritmo ainda mais acelerado de desestatizações

O governo já arrecadou R$ 96,2 bilhões até setembro com os diferentes tipos de desestatização. O valor, divulgado nesta quinta-feira (3) pelo Ministério da Economia, supera a meta traçada para este ano, que era de vinte US$ 20 bilhões – convertendo para a moeda americana, o montante já levantado passa dos US$ 23 bilhões.

A maior parte vem de privatizações e desinvestimentos: R$ 78,6 bilhões, dinheiro que entra no Orçamento para abater a dívida pública. Quase metade vem da venda de subsidiárias da Petrobras e da Eletrobras. Já as concessões, quando o governo repassa à iniciativa privada a gestão da empresa por um período, somaram R$ 5,7 bilhões. As vendas de ativos naturais, como campos de petróleo, renderam  R$ 11,9 bilhões.

O secretário de Desestatização, Salim Mattar, gostaria de um ritmo mais acelerado de enxugamento da máquina pública, mas disse que o tamanho do Estado, classificado por ele como “obeso”, aumenta a burocracia. “Num primeiro momento, está sim, até pela minha própria ansiedade, mais lento do que eu esperava. Muito do dinheiro do cidadão é gasto em carregar o Estado gigantesco, oneroso, pesado, obeso, burocrático. E na hora de vender uma estatal nós sentidos isso”, afirmou,

De acordo com Mattar, atualmente a União possui 637 empresas de forma direta ou indireta, quando ao menos possui participação nela. As estatais e subsidiárias somam 205. Entre as empresas do Programa Nacional de Desestatização, com estudos em andamento para serem privatizadas, estão a Eletrobras, os Correios e a Casa da Moeda, que precisam de aprovação do Congresso.

O secretário se mostrou confiante. “Mesmo que algum sinal seja dado à respeito das privatizações de forma negativa, nós acreditamos que, na hora do voto mesmo, a sensatez, o equilíbrio e a responsabilidade vão ser maiores e nós não teremos muitas dificuldades nas próximas privatizações.”

Ele disse que, até o momento, não está no radar do governo privatizar a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Ainda neste ano, devem ocorrer vendas de ações do Banco do Brasil e de participações do BNDES em empresas de capital aberto. Outras operações ainda estão em fase de estudos e devem avançar a partir do ano que vem.

*Com informações do repórter Levy Guimarães

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