Governo cita medidas fiscais ao justificar previsão de PIB maior em 2020
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O Ministério da Economia elevou a projeção de crescimento do PIB neste ano para 2,40%. A estimativa anterior era de 2,32%. O PIB de 2019 ainda não foi oficialmente divulgado pelo IBGE, mas a previsão da equipe econômica é de 1,12%.
A previsão de 2,40% para 2020 é um pouco mais otimista que a do mercado, que prevê em média 2,30%.
O secretário de Política Econômica, Waldery Rodrigues, apontou alguns fatores que contribuem para essa projeção. Ele cita os saques do FGTS, aumento na arrecadação de impostos e a redução do risco-país, mas diz que o principal motivo é o cuidado do governo com a política fiscal.
“As medidas fiscais tomadas ao longo de 2019 mostram que a economia está no caminho certo, com zelo e cautela fiscal — controlando as despesas obrigatórias.”
Já a previsão oficial para a inflação está em 3,62% — valor abaixo da meta central, que é de 4%. Enquanto que a inflação do ano passado fechou em 4,31%, um pouco acima da meta e com uma alta de última hora impulsionada especialmente pelo preço da carne bovina.
O secretário Waldery Rodrigues aponta duas reformas tidas como prioritárias pelo Ministério da Economia para continuar ajustando as contas e o crescimento do PIB.
“A reforma administrativa seguirá. Ela tem um impacto fiscal, mas tem muito mais uma abordagem de eficiência e valorização do servidor. A reforma tributária, por sua vez, que também seguirá em 2020, vai ter impacto substancial sobre o PIB e o crescimento da economia.”
A dívida pública do governo federal, que atualmente corresponde a 77,3% do PIB, deve interromper, nos próximos anos, a trajetória de alta — chegando a 78% do Produto Interno Bruto em 2022, mas recuando a partir daí.
Antes havia uma projeção de que ela alcançasse 80%.
*Com informações do repórter Levy Guimarães
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