Líder do governo vê ‘interação positiva’ entre poderes em aprovação de auxílio a trabalhadores

  • Por Jovem Pan
  • 27/03/2020 08h18 - Atualizado em 27/03/2020 08h35
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Major Vitor Hugo gesticulando O gerenciamento dos recursos será feito pelos bancos públicos, por meio do ministério da Cidadania

O líder do governo na Câmara, deputado federal de Goiás Vitor Hugo (PSL), durante entrevista ao Jornal da Manhã, afirmou que o governo federal está se preparando para enfrentar a crise econômica e sanitária gerada pelo avanço do novo coronavírus no Brasil.

Ele destacou a aprovação dos deputados de Medida Provisória que institui o beneficio de R$600 destinado aos profissionais liberais e às mães chefes de família. A MP, agora, segue para a aprovação no Senado, ainda sem data prevista. “[A aprovação] foi fruto de uma interação positiva entre o Legislativo e o Executivo.”

Inicialmente, o valor apresentado pelo governo federal ficou em torno de R$200,00 mensais para os profissionais. Os deputados da Câmara consideraram o valor muito baixo e, com isso, indicaram o aumento para R$500,00, ampliado posteriormente novamente por proposta do Executivo.

Segundo Vitor Hugo, o valor de R$ 600 não foi apresentado inicialmente pelo governo federal por preocupação com as outras medidas econômicas já anunciadas.

“O governo já anunciou um pacote de medidas com mais de 200 ações, sendo elas normativas e também legislativas. Todas elas somam mais de R$ 600 bilhões, o ministro Paulo Guedes já falou que não faltarão recursos, o que é muito positivo.”

Segundo Vitor Hugo, o gerenciamento dos recursos será feito pelos bancos públicos, por meio do ministério da Cidadania, responsável por ajustar os temos e critérios para que os interessados possam se habilitar para receber o auxílio.

Corte de salários

Além da MP que garante a renda mínima, tramitam no Congresso outras medidas que propõem, inclusive, o corte de salário dos funcionários públicos durante enfrentamento da crise econômica do país.

De acordo com o deputado, embora tenha proposto o aumento do valor para a renda mínima para R$600,00, o governo “não quer assumir um estado assistencialista”.

“A esquerda acha que os estados têm que sustentar todo mundo. Mas o governo não quer assumir um estado assistencialista, que ao invés de estimular, vai desestimular a população.”

Para ele, a população tem orgulho de trabalhar, crescer e prosperar com seu próprio esforço e trabalho. Por isso, a renda mínima é entendida como uma ação pontual para o enfrentamento da crise. O auxílio, se aprovado pelo Senado Federal, terá duração de três meses, podendo ser postergado por mais três meses, se necessário.

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