Governo de Mato Grosso do Sul avalia decretar emergência por queimadas
Falta de chuvas e a baixa umidade do ar são os principais responsáveis pela propagação das chamas; julho, agosto e setembro devem registrar um volume de precipitação até 50% menor do que a média histórica
O governo do Mato Grosso do Sul já avalia decretar situação de emergência em algumas cidades para facilitar as ações de combate aos incêndios florestais. No fim de semana, o Corpo de Bombeiros conseguiu controlar um foco de incêndio em uma das regiões turísticas mais importantes do Estado, nos municípios de Bonito e Jardim. Animais foram atingidos pelo fogo, entre eles uma sucuri de cerca de cinco metros. Um outro incêndio segue avançando no município de Porto Morrinho, em outra área também turística, o Pantanal. As chamas estão próximas a pontos de pesca do rio Paraguai. Equipes foram enviadas para o combate ao fogo e atuam desde a semana passada na região, com o auxílio de viaturas, embarcações, aviões e caminhões-pipa. Segundo o Tenente-coronel Arruda, do Corpo de Bombeiros, é preciso uma união de esforços para evitar que situação saia do controle.
“Um grande incêndio avançava sobre o Estado Mato Grosso do Sul por meio do Parque Nacional das Emas, divisa com o Estado da Goiás. Porém, o Corpo de Bombeiros Militar, em parceria com o Imasul e o Semagro, fez a contenção das chamas e agora está atuando com o ICMBio e o Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás para que as chamas não adentrem o nosso Estado”, disse. A falta de chuvas e a baixa umidade do ar são os principais responsáveis pela propagação das chamas. Segundo o governo, a previsão para os meses de julho, agosto e setembro é de um volume de chuva 40 a 50% menor do que a média histórica do período. No ano passado, o Pantanal teve recorde de incêndios, atingindo mais de 4 milhões de hectares. De acordo com o Instituto SOS Pantanal, as chamas afetaram 28% do bioma.
*Com informações da repórter Letícia Santini
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