Governo de SP concede parques Villa-Lobos, Água Branca e Cândido Portinari à iniciativa privada

Prazo de concessão é de 30 anos; cobrança de ingressos está proibida, mas a concessionária poderá explorar o espaço comercialmente

  • Por Jovem Pan
  • 11/08/2022 06h45
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Divulgação / Prefeitura de São Paulo Pessoas andam e se exercitam em área gramada e via no Parque da Água Branca Parque Villa-Lobos, no Alto de Pinheiros, São Paulo

O governo de São Paulo assinou a concessão dos parques da Água Branca, Villa-Lobos e Cândido Portinari à iniciativa privada. Os investimentos previstos são de R$ 60 milhões nos três endereços. A proposta que venceu o leilão foi apresentada pela concessionária Novos Parques no valor de R$ 62 milhões, um ágil de 3.000%. O prazo de concessão é de 30 anos. Os três parques recebem uma média de 17 milhões de visitantes anualmente. O modelo de gestão segue os mesmos parâmetros do implementado pelo então prefeito Bruno Covas no parque Ibirapuera. A cobrança de ingressos está proibida, mas a concessionária pode explorar o espaço comercialmente. O sócio-gestor do consórcio, Rogério Dezembro, disse que a intenção é dialogar com os moradores das regiões dos parques. “Nós queremos assumir um compromisso público de que vamos trabalhar para que nossa gestão atue lado a lado, junto com as comunidades dos entornos dos três parques. Já temos um plano de curto prazo, de ação imediata, com diversas inovações de serviços e de zeladoria. Na sequência, vamos apresentar ao governo do Estado de São Paulo o master plano dos três parques e, a partir da aprovação desse projeto pelo poder público, início das obras de recuperação de importante patrimônio histórico, no caso do parque da Água Branca, bem como ampliação da infraestrutura e dos serviços nos três parques”, disse Dezembro.

Depois do leilão, uma empresa privada reivindicou uma área de cerca de 8 mil metros quadrados do perímetro concedido do parque Villa-Lobos. O secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente, Fernando Chucre, garantiu que o processo está dentro da lei. “Quase 70 a 80 anos que a gente tem a posse desse equipamento. Nunca houve questionamento com relação a isso. E, como disse o governador, todas as medidas jurídicas foram adotadas no sentido de dar segurança ao processo de concessão. Então, nós não temos dúvida nenhuma com relação à posse, que já é pacífica há décadas. Qualquer questionamento vai ter que ser feito juridicamente se tiver algum interessado”, disse. A concessão à iniciativa privada faz parte de um plano do governo João Doria-Rodrigo Garcia. Desde 2019, nove parques passaram a ser administrados por consócios.

*Com informações da repórter Nanny Cox

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