Governo apresenta nesta quarta-feira nova estratégia de defesa nacional

Será a primeira vez desde a criação do ministério da defesa, em 1999, que a pasta vai apontar ameaças ao futuro do país

  • Por Jovem Pan
  • 22/07/2020 06h35 - Atualizado em 22/07/2020 09h21
Marcos Corrêa/PR As novas versões da "Política Nacional de Defesa", da "Estratégia Nacional de Defesa" e do intitulado "Livro Branco da Defesa Nacional" serão apresentadas em evento no Palácio do Planalto

O governo entrega nesta quarta-feira (22) ao Congresso a atualização de um conjunto de documentos elaborados pelo Ministério da Defesa que apontam a possibilidade de conflitos no chamado “entorno estratégico” do Brasil, uma região que abrange a América do Sul, a Antártica e o Oceano Atlântico até a costa ocidental da África. As novas versões da “Política Nacional de Defesa“, da “Estratégia Nacional de Defesa” e do intitulado “Livro Branco da Defesa Nacional” serão apresentadas em evento no Palácio do Planalto. Será a primeira vez desde a criação do ministério da defesa, em 1999, que a pasta vai apontar ameaças ao futuro do país.

A crise humanitária dos imigrantes venezuelanos na fronteira do Brasil; o recente derramamento de óleo na costa brasileira e a questão permanente do narcotráfico são alguns exemplos de tensões que poderiam motivar até mesmo guerras com países do entorno. O professor de relações internacionais da ESPM, Gunther Rudzit, foi assessor do ministério da Defesa entre 2001 e 2002, no último ano do governo de Fernando Henrique Cardoso. Especialista em segurança nacional, ele afirma que o Brasil não estaria preparado para lidar com uma eventual disputa.

Segundo o professor de Relações Internacionais e reitor da FMU, Manuel Furriela, a mudança de avaliação do governo não significa, no entanto, que o país esteja próximo de um conflito armado com outros países. Os documentos fazem parte da chamada base legal da Defesa e demonstram, entre outros pontos, quais são as diretrizes e a forma de atuação para atingir metas. Entre os objetivos, está a busca por 2% do Produto Interno Bruno em investimento no setor militar.

*Com informações da repórter Letícia Santini

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