Governo federal vai oferecer recursos pedidos pelo IBGE para Censo 2022, afirma senador
Segundo Angelo Coronel, que é um dos relatores do orçamento do próximo ano, dos R$ 2,3 bilhões solicitados para realização das pesquisas, R$ 1,8 bilhão já foi aprovado
Setoriais do Congresso Nacional avançam nas discussões sobre o orçamento de 2022. Em entrevista ao vivo nesta terça-feira, 14, para o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, o senador Angelo Coronel (PSD-BA), um dos relatores do texto, falou sobre suas expectativas de aprovação, além da preocupação de alguns parlamentares com a falta de verba para realização de novo Censo populacional do IBGE em 2022. Atualmente, já foi aprovado um valor menor do que o pedido pela instituição para fazer a pesquisa, mas o senador acredita que o governo federal e o relator geral do orçamento deverão aumentar o valor, considerando que o Censo é importante para o desenvolvimento de uma série de setores da economia brasileira.
“A questão do Censo realmente é delicado. Nós recebemos o relatório já oriundo do poder Executivo e referendado pelo relator geral, deputado Hugo Leal, na faixa de R$ 1,9 bilhão para o Censo. O Censo argui que precisa de em torno de R$ 2,3 bilhões e ainda houve um corte de mais R$ 100 milhões por parte do relator geral. Como eu só tinha R$ 30 milhões para acrescer em qualquer rubrica, é um recurso insignificante. Mas não terá problema o Censo, porque se o relator ver que há a necessidade de complementar o recurso ou próprio poder Executivo, terão aí esse incremento para fechar os R$ 2,3 bilhões que o IBGE acha necessário para realizar o Censo, já que estamos há dez anos sem ter Censo no Brasil”, comentou Angelo Coronel. “Não resta dúvida que o Censo faz um retrato do nosso Brasil. Não foi realizado no ano passado em virtude da pandemia, mas eu não vejo porque em 2022 ele não voltar a campo, os seus entrevistadores, porque recursos vai ter. O governo federal, juntamente com o relator geral, vai, com certeza, atender o pedido do IBGE, que é de grande valia. O Censo é clamado e cobrado por todos os segmentos, que tem no Censo a sua fonte de informação para dar sequência ao seu desenvolvimento”, completou.
Questionado sobre a possibilidade de do IBGE e o Censo ficarem dentro da pasta da Economia, o senador disse não vê nenhum risco à integridade das informações e que o mais importante é a realização do estudo. “Eu não vejo [riscos], eu acho que o importante é ter os recursos e a parte técnica pronta para realizar o Censo. A quem vai ficar subordinado, eu acho isso uma questão muito relativa. Porque o Censo está bem hoje, mas também se for para o Ministério da Economia, que já tem um vínculo indireto, já que é o responsável pela injeção dos recursos, não terá nenhum problema de continuidade futura”, opinou Coronel.
Sobre a previsão de aprovação do orçamento, Coronel destacou não acreditar que vá haver grande demora já que os relatórios setoriais já foram votados. “Houve algumas emendas, alguns destaques, alguns acatados, outros rejeitados. Então por exemplo, a questão do fundo de campanha, o governo mandou só com reajuste pela inflação, de R$ 2,1 bilhões, houve um destaque de uma deputada para reduzir e também houve uma pressão para que eu pudesse aumentar. Eu mantive a proposta que veio original do governo e que também passou sobre o crivo da relatoria geral e, com isso, esse tema, que seria um dos mais polêmicos, ficou como está: simplesmente o mesmo recurso passado corrigido pela inflação.
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