Governo lança sistema para dobrar fluxo de cargas em aeroportos

De acordo com o governo, medida deve reduzir em 90% a exigência de intervenção humana no fluxo de cargas, com potencial de diminuir em até 80% o prazo médio de liberação

  • Por Jovem Pan
  • 01/08/2023 11h17 - Atualizado em 01/08/2023 13h14
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Reprodução/Canal SBGR LIVE Avião Novo modelo será implantado nesta quarta-feira, 2, em todos os aeroportos internacionais brasileiros

O Ministério da Fazenda lançou nesta segunda-feira, 31, o sistema “CCT Importação – Modal Aéreo” para controlar cargas que chegam ao Brasil em voos internacionais e dobrar o fluxo. De acordo com o governo, com o uso de novas tecnologias, a medida deve reduzir em 90% a exigência de intervenção humana no fluxo de cargas, com potencial de diminuir em até 80% o prazo médio de liberação de cargas nos aeroportos. “O tempo médio de despacho, por exemplo, cairá de cinco para apenas um dia”, diz um trecho do comunicado da Fazenda. O novo modelo será implantado nesta quarta-feira, 2, em todos os aeroportos internacionais brasileiros, em substituição ao Sistema Integrado de Gerência do Manifesto, do Trânsito e do Armazenamento (Mantra), em operação há 30 anos. “A maior agilidade na liberação de cargas resulta da combinação de diversos fatores: adoção de modelo de dados internacional (IATA Cargo-XML), manifestação eletrônica, informações antecipadas, ou seja, soluções que se utilizam do uso intensivo de tecnologia da informação e de gerenciamento de riscos”, informa a pasta. A ação é feita em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e com Ministério de Portos e Aeroportos. De acordo com a Receita Federal, a economia potencial às importações aéreas pode alcançar R$ 10 bilhões anuais ao tomar como base volumes de importação que atingiram US$ 46,9 bilhões no último ano. Há projeção de que o novo sistema também permitirá que os fluxos de cargas aéreas dobrem em até dois anos, atraindo investimentos externos e ampliando a arrecadação federal relativa às importações do modal aéreo (de R$ 19 bilhões, em 2022, para um novo patamar anual de R$ 38 bilhões).

*Com informações da repórter Marília Sena.

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