Governo negocia compra de vacina da Pfizer; preços ainda não foram divulgados
Laboratório diz que clima quente não prejudica distribuição do imunizante
Técnicos do Ministério da Saúde começaram uma série de reuniões com farmacêuticas que estão desenvolvendo vacinas contra a Covid-19. A primeira delas foi com a Pfizer, cuja análise inicial mostrou 90% de eficácia na imunização contra o vírus. Segundo o Ministério, o objetivo “é conhecer os resultados dos testes em andamento e as condições de compra, logística e armazenamento oferecidas pelo laboratório”. A aquisição dos imunizantes, de acordo com a pasta, “deve ocorrer à medida em que os ensaios clínicos apontarem a total eficácia e segurança dos insumos e o registro na Anvisa for realizado”.
Após a reunião desta terça-feira (17), o presidente da Pfizer no Brasil, Carlos Murillo, falou sobre as perspectivas de a vacina ser aplicada aqui no país. A previsão do governo é que, entre janeiro e março, a primeira remessa de vacinas esteja disponível e contemple inicialmente os grupos de risco. Um dos desafios logísticos são as baixíssimas temperaturas necessárias para conservar o imunizante. O presidente da Pfizer no Brasil, Carlos Murillo, diz que o clima do país não vai ser um problema.
As negociações com a Pfizer também envolvem o preço das doses. A farmacêutica trabalha com três faixas: um valor mais alto para países desenvolvidos; um intermediário, onde se encaixa o Brasil; e um mais baixo para países mais pobres. Os possíveis preços ainda não são divulgados. Ainda nesta semana, estão previstas reuniões com as farmacêuticas Janssen, da Johnson & Johnson; o Instituto Gamaleya, da vacina russa Sputinik V; e Bharat Biotech, da vacina indiana Covaxin.
*Com informações do repórter Levy Guimarães
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