Governo quer desocupar prédios para fazer moradias populares nos grandes centros, diz ministro
Nesta semana foi divulgada a informação de que para acabar com o déficit habitacional em São Paulo seriam necessário R$ 46 bilhões de investimentos.
Em entrevista exclusiva à Jovem Pan nesta terça (8), o ministro das Cidades Alexandre Baldy disse que há 6,1 milhões de brasileiros que não têm onde morar.
Em meio ao aperto das contas da União, uma das estratégias utilizadas pelo governo para reduzir esse déficit por meio do programa Minha Casa Minha Vida é “retomar prédios ocupados irregularmente” e reformar edifícios da união para utilizá-los como moradia popular. “São várias vertentes que estão sendo atacadas para que não falte recursos”, disse Baldy.
Grandes centros
A dificuldade aumenta nos grandes centros urbanos, onde o preço de terrenos e imóveis é maior.
“O custo do terreno em São Paulo é muito superior. Há dificuldade de construir nos grandes centros. Rio de janeiro e Belo Horizonte passam pela mesma dificuldade”, citou.
“Estamos há três meses buscando a identificação de prédios urbanos ocupados irregularmente ou desocupados para, dentro da legislação, reformá-los e colocá-los para habitação social”, afirmou Baldy, destacando que a ação foca “principalmente nos grandes centros urbanos”.
Segundo o ministro das Cidades, hoje o governo federal liberou a construção de 650 mil unidades habitacionais e há 450 mil em andamento.
Cadastro nacional
Baldy disse também que o governo federal está formulando um cadastro nacional dos sem-teto para que as pessoas beneficiadas pela política habitacional sejam as que realmente necessitam dela.
Ele explicou que as pessoas de baixíssima renda pagam uma prestação mensal de R$ 80,00 pela moradia. “As únicas famílias que não têm nenhum tipo de oneração são as que estão em reassentamento, calamidade ou área de risco”, disse.
E é justamente para atender as “calamidades”, ou seja, pessoas que não pagam a prestação, que a União acertou na capital paulista a construção de 2,726 unidades habitacionais.
“Uma prestação de R$ 80 mensais é uma prestação realista”, avaliou Baldy. “Quando deixamos 20% das unidades para área de risco ou famílias de condições subumanas, nós ainda (temos um) desafio enorme por parte de cadastros realizados em grande parte pelas prefeituras municipais”, afirmou o ministro, citando que a pasta trabalha com 5.570 municípios existentes no País.
estamos criando o cadastro nacional dos beneficiários para não haver qualquer tiopo de utilização indevida dessas unidades da baixíssima renda por famílias que não tenham essa renda associada”, garantiu Baldy.
Ouça a entrevista completa de Alexandre Baldy ao Jornal da Manhã:
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