Guedes rebate crítica de ‘redução da democracia’: ‘Bolsonaro toma facada e ele é quem reduz?’

  • Por Jovem Pan
  • 23/09/2019 09h19 - Atualizado em 23/09/2019 10h43
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Dida Sampaio/Estadão Conteúdo Ministro também disse que "nunca viu" um governo se importar tanto com a Amazônia

O ministro da Economia, Paulo Guedes, chamou de “infundada” a crítica feita pela Alta Comissária para os Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Michelle Bachelet, de que há um “encolhimento do espaço cívico e democrático” no Brasil com o atual governo. Para ele, na verdade, houve uma perda de espaço apenas do que chamou de “social-democracia.”

“Tem uma queixa completamente infundada aí, ‘ah, está reduzindo o espaço democrático do Brasil.’ O que é isso? Quem tá com um pouquinho de menos espaço democrático é a social-democracia, porque só ela que mandava. Tinha 100% do espaço democrático, agora liberais e conservadores se uniram e ganharam 55%. Então o espaço da social-democracia diminuiu mesmo, ela tinha 100% e agora tem… Tinha uma hegemonia social democrata, nós éramos prisioneiros cognitivos da social-democracia. É como na Venezuela: Você vai para o buraco sorrindo”, comentou, em entrevista à Denise Campos de Toledo, da Jovem Pan.

De acordo com Guedes, o que aconteceu é que “quem perdeu” a eleição para o novo governo, que é uma “aliança de conservadores com liberais, de centro-direita”, não entendeu que toda democracia saudável tem dois lados e começou a fazer “barulho”.

“Em vez de entender que uma democracia saudável tem dois lados, é começar a dizer que o Brasil está queimando as florestas. Olha, o desmatamento e s queimadas de florestas estão na média dos últimos 14 anos. Mas aí você fala que o Bolsonaro está queimando a floresta amazônica, que está reduzindo o espaço democrático brasileiro. Ele toma a facada e quem está reduzindo o espaço democrático é ele?”, questionou, apontando que poucas vezes viu “um governo tão preocupado com a Amazônia como esse.”

Segundo o ministro, a mídia é uma das produtoras do”barulho”. “Eu aprendi, desde a campanha eleitoral, o seguinte: No Brasil, toda informação chega, às vezes, com 100% de só barulho, fake news, só barulho. E, as vezes, 100% é um sinal, não é fake não, tem verdade, 100% verdade A maioria é 70% verdade e tem 30% de barulhos então dede a campanha eu percebi uma coisa, e foi ai que a mídia convencional perdeu espaço para as redes sociais: Eu percebi q a convencional estava focada na forma e não no conteúdo.”

“Então ela achava ‘ah, o candidato x tem menos modos, é grosseiro, é sexista, machista, xinga todo mundo e tal.’ E começou a achar que aquilo que era importante, enquanto a população brasileira estava pensando nos princípios. Está cheio de politico com bons modos, educados, delicados, que falam coisas simpáticas e com péssimas práticas”, afirmou.

 

Confira a entrevista completa:

 

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