Ibaneis Rocha afirma que entregará celular à Polícia Federal para apuração

Governador afastado do Distrito Federal é alvo de investigações sobre possível influência e omissão nos atos de vandalismo do dia 8 de janeiro

  • Por Jovem Pan
  • 22/01/2023 13h40 - Atualizado em 22/01/2023 14h44
Camargo/Agência Brasil ibaneis-rocha-df Ibaneis Rocha, governador afastado do Distrito Federal

A defesa do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), informou que vai entregar o celular do político à Polícia Federal nesta segunda-feira, 23, para “irrestrita colaboração com as investigações”. Uma operação de busca e apreensão foi realizada na casa de Rocha na última sexta-feira, 20, com o objetivo de buscar provas para o inquérito instaurado sobre a conduta de autoridades de Brasília, que podem ter se omitido durante os atos de vandalismo na sede dos Três Poderes em 8 de janeiro. O ex-governador já deu depoimento, de maneira espontânea, à PF e vem afirmando que quer colaborar com as investigações. Rocha nega ter tido qualquer influência nos atos de vandalismo ocorrido em Brasília. Ibaneis Rocha foi afastado do cargo de governador de Brasília pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, por um período de 90 dias sob alegação de que ele teria sido omisso no dia 8 de janeiro, diante dos atos de vandalismo na capital federal. Na sequência, o plenário do STF formou maioria para ratificar a decisão de Moraes. “Determino a imposição de medida cautelar diversa da prisão, consistente na suspensão do exercício da função pública, afastando Ibaneis Rocha do cargo de governador do Distrito Federal pelo prazo inicial de 90 dias”, escreveu Moraes, na madrugada da segunda, 9.

Na visão de Alexandre de Moraes, “a escalada violenta” contra as sedes dos Poderes no último domingo teve “circunstâncias que somente poderiam ocorrer com a anuência, e até participação efetiva, das autoridades competentes pela segurança pública e inteligência”, o que justificaria o afastamento de Ibaneis Rocha, assim como de secretários do Distrito Federal. “Absolutamente nada justifica a omissão e conivência do Secretário de Segurança Pública e do Governador do Distrito Federal com criminosos que, previamente, anunciaram que praticariam atos violentos contra os Poderes constituídos”, ressaltou. Os ministros da Suprema Corte também avaliam a dissolução de acampamentos dos vândalos em frente a quartéis do Exército Brasileiro e outras medidas adotadas por Moraes após a invasão de Brasília.

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