Insatisfeitos com ajuda do governo federal, produtores rurais do Rio Grande do Sul prometem ‘tratoraço’

Setor alega que as medidas de socorro do governo são insuficientes e não contemplam todas as cidades; governador Eduardo Leite destacou apoioda União, mas o chamou de ‘tímido’

  • Por Jovem Pan
  • 06/08/2024 13h20
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Mauricio Tonetto/Secom Eduardo Leite participa da abertura do congresso da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), em São Paulo Eduardo Leite participa da abertura do congresso da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), em São Paulo

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), classificou como “tímida” a ajuda da União ao agronegócio gaúcho após a recente tragédia climática. Produtores rurais do Estado prometem realizar um tratoraço esta semana em protesto contra as medidas de socorro concedidas até o momento. Leite explicou que o movimento de protesto engloba os anos de estiagem no Estado e a tragédia climática de 2024. Ele destacou que a situação atual é resultado de uma sequência de anos difíceis com a estiagem, agravada agora pelas enchentes. Segundo o governador, os prejuízos não se resumem apenas às áreas alagadas ou inundadas. As medidas apresentadas pelo governo federal até o momento circunscrevem ações de apoio financeiro para as áreas inundadas, o que não é suficiente.

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Muitas áreas não foram inundadas, mas a produtividade foi completamente comprometida pelas chuvas intensas, que impediram as colheitas e fizeram com que os produtores perdessem suas plantações. O governador reconhece o esforço do governo federal em relação ao Estado, mas considera as medidas adotadas até agora muito tímidas diante da realidade do Rio Grande do Sul. Ele enfatiza que a percepção do governo federal não atende à dimensão do prejuízo que o RS teve no agronegócio. A medida provisória do governo Lula limita o acesso a operações especiais às áreas inundadas, mas a produtividade foi comprometida em várias localidades. O tratoraço está sendo organizado em cidades do interior do Estado para ocorrer na próxima quinta-feira (8), em Porto Alegre. Os produtores rurais esperam que o protesto chame a atenção para a necessidade de medidas mais abrangentes e eficazes para socorrer o agronegócio gaúcho.

*Com informações do repórter Marcelo Mattos

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