Jovem Pan
Publicidade

Joesley Batista fica em silêncio durante depoimento à CPMI da JBS

Joesley Batista presta depoimento na Polícia Federal em SP São Paulo - O empresário Joesley Batista, dono da JBS, deixa a sede da Superintendência da Polícia Federal após prestar depoimento (Rovena Rosa/Agência Brasil)

O empresário Joesley Batista confirmou as expectativas e ficou em silêncio durante o depoimento nesta terça-feira (28), no Senado. Ele foi convocado para uma sessão conjunta da CPMI da JBS e da CPI do BNDES.

Publicidade
Publicidade

Os parlamentares chegaram a fazer perguntas, mas a resposta foi sempre a mesma: “eu me mantenho em silêncio, Excelência”.

Joesley apareceu visivelmente mais magro durante o depoimento. Ele está preso desde setembro em São Paulo, acusado de omitir informações no processo de delação premiada.

A imunidade, prevista no acordo foi suspensa e, agora, ele e o irmão Wesley tentam reestabelecer as garantias.

Segundo o advogado do empresário, Ticiano Figueiredo, Joesley não poderia responder às perguntas por causa “situação jurídica” em que se encontra: “hoje a orientação assim como foi feita a Wesley é de quem em respeito à ampla defesa e ao contraditório que ele invoque a garantia constitucional ao silêncio”.

Além de Joesley Batista, o irmão dele, Wesley, o ex-diretor da JBS, Ricardo Saud e o advogado Francisco de Assis e Silva também ficaram em silêncio ao serem convocados pela CPMI.

O relator da comissão, o deputado Carlos Marun, aproveitou para criticar o empresário, a quem chamou de “mafiosinho de terceira categoria”: “acho que o senhor não é tão bandido quanto confessa ser. Mas o senhor chegou em um momento que era mafiosinho de terceira categoria resolveu achar que era Al Capone”.

Marun ainda criticou o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e disse que Joesley foi “convencido” a gravar o presidente Michel Temer.

Nesta quarta-feira, a CPMI da JBS ouve o ex-procurador Marcelo Miller, ex-assessor de Janot. Ele é acusado de ter participado de forma irregular da elaboração do acordo de delação premiada dos executivos da JBS enquanto ainda fazia parte da equipe da Procuradoria-Geral da República.

*Informações do repórter Vitor Brown

Publicidade
Publicidade