Justiça do Amazonas define que réus vão a júri popular pelos assassinatos de Bruno e Dom

Defesa de Amarildo da Costa Oliveira (Pelado), Oseney da Costa de Oliveira (Dos Santos) e Jefferson da Silva Lima (Pelado da Dinha) ainda deve recorrer da decisão

  • Por Jovem Pan
  • 04/10/2023 09h06 - Atualizado em 04/10/2023 09h07
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VANESSA ATALIBA/ZIMEL PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 26/06/2022 Bandeira com rostos de Dom Phillips e Bruno Pereira pedido de RJ - JORNALISTA/INDIGENISTA/ASSASSINATOS/PROTESTO - POLÍTICA - Um ato reuniu manifestantes na Lapa, região central do Rio de Janeiro, na tarde deste domingo, 26 de junho de 2022, para pedir justiça pelas mortes do jornalista britânico Dom Phillips e o do indigenista Bruno Pereira, assassinados no Amazonas. O protesto reuniu cerca de 50 pessoas nos Arcos da Lapa, antigo aqueduto que é um dos cartões postais da cidade. Vestidos de verde e empunhando cartazes, os manifestantes lembraram as mortes de Dom e Bruno, do líder seringueiro Chico Mendes, assassinado no Acre na década de 1980, e pediram providências contra os crimes contra os povos indígenas

A Justiça do Amazonas ainda não marcou a data, mas definiu que os três réus pelo assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips serão levados a júri popular. O pedido feito pelo Ministério Público Federal (MPF) é para que seja utilizado o recurso de sentença de pronúncia, no qual a Justiça reconhece a existência de provas de materialidade dos homicídios e das ocultações dos corpos. Por isso, os réus Amarildo da Costa Oliveira (Pelado), seu irmão, Oseney da Costa de Oliveira (Dos Santos) e Jefferson da Silva Lima (Pelado da Dinha) serão julgados pelo tribunal do júri. Bruno e Dom foram assassinados no dia 5 de junho de 2022 em uma emboscada quando navegavam pelo Rio Itaquaí, na região da Terra Indígena Vale do Javari. O indigenista e o jornalista se direcionavam para Atalaia do Norte, cidade que fica na tríplice fronteira do Brasil, Colômbia e Peru. O duplo assassinato foi cometido por pescadores ilegais e motivado pela atuação de Bruno contra a pesca ilegal nas terras indígenas, conforme mostra a denúncia do MPF. A defesa dos réus afirma que vai recorrer da decisão e alega que o júri só pode ser formado depois de esgotados todos os recursos.

*Com informações do repórter David de Tarso

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