Leilões de aeroportos vão custar R$ 3 bi extras ao Governo, segundo presidente da Infraero
Os leilões dos aeroportos vão custar R$ 3 bilhões extras ao Governo, segundo um alerta do presidente da Infraero, Antônio Claret. O montante seria o custeio anual da estatal.
Em um documento enviado ao ministro dos Transportes, Maurício Quintella, Claret enumerou as consequências como fluxo de caixa negativo em cerca de R$ 400 milhões por ano, durante mais de 15 anos, absorção de cerca de 1,6 mil funcionários com estabilidade até 2020 – já que historicamente 80% dos trabalhadores dos terminais concedidos optam por permanecer na Infraero -, além de não haver certeza de que aparecerão interessados em adquirir os 49% de participação da empresa nos aeroportos já cedidos, como de Cumbica, Brasília, Galeão, Confins e Viracopos.
Esses recursos serviriam para cobrir os rombos da estatal.
Vale lembrar que o Governo federal anunciou 57 privatizações para aliviar os danos nas contas públicas. Na lista estão 18 aeroportos, entre eles os de Congonhas, o segundo mais movimentado do País e o de Recife, dois dos mais lucrativos da Infraero.
Dos 54 terminais administrados pela empresa governamental, somente 17 são superavitários, sendo que Santos Dumont, Curitiba, Recife e Manaus respondem por 38% da receita.
Claret afirmou que se o Governo decidir pela concessão dos três blocos de aeroportos, a Infraero dependerá de recursos do Tesouro para seu custeio.
*Informações do repórter Daniel Lian
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