Líder do governo no Senado é indiciado pela Polícia Federal por quatro crimes

Inquérito acusa Fernando Bezerra Coelho e o filho dele, o deputado Fernando Coelho Filho, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e falsidade ideológica eleitoral 

  • Por Jovem Pan
  • 09/06/2021 09h32 - Atualizado em 09/06/2021 16h19
Jefferson Rudy/Agência Senado Em pronunciamento, à bancada, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) Para o senador, no entanto, o inquérito é fruto do que chama de “criminalização da política”

O atual líder do governo no Senado Federal, Fernando Bezerra Coelho (MDB) foi indiciado pela Polícia Federal (PF). De acordo com o órgão, o senador teria recebido propina de milhões de reais quando foi ministro da Integração Nacional, no governo Dilma Rousseff. O inquérito tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) e acusa Bezerra e o filho dele, o deputado Fernando Coelho Filho, dos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e falsidade ideológica eleitoral. A Polícia Federal pediu o bloqueio de R$ 20 milhões de ambos. O órgão diz haver “provas suficientes da materialidade de diversas práticas criminosas”, como o recebimento da propina por três empreiteiras entre os anos de 2012 e 2014. Fernando Bezerra Coelho usou a sessão da CPI da Covid-19 para abordar o assunto. Para ele, o inquérito é fruto do que chama de “criminalização da política”, traçando um paralelo com a Lava Jato.

“Faço questão de citar meu próprio exemplo, pois sofri no âmbito da Lava Jato acusações que não se sustentaram, inquéritos cujo arquivamento foram determinados pelo Supremo ou pela Justiça Eleitoral ante o reconhecimento de que as provas não eram suficientes para justificar nem sequer o início de uma ação penal contra mim. Outros inquéritos aguardam a manifestação dos órgãos da Justiça. Renovo a convicção de que tudo estará esclarecido”, disse. Em nota, a defesa do senador afirmou que o relatório final do inquérito “não passa de opinião isolada” de quem o escreveu. Os advogados alegam que a investigação nasceu da palavra de um “criminoso confesso” e “é mais uma tentativa de criminalização da política, como tantas outras hoje escancaradas e devidamente arquivadas”. Cabe à Procuradoria-Geral da República (PGR) decidir se denuncia o senador.

*Com informações do repórter Levy Guimarães

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