‘Luana Araújo era uma colaboradora eventual da Saúde’, afirma Marcelo Queiroga

Ministro considera encerrado o assunto em torno da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 e diz não ter ciência sobre gabinete paralelo do governo

  • Por Jovem Pan
  • 07/06/2021 10h24 - Atualizado em 07/06/2021 10h44
MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO - 01/06/2021 O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, segura caneta Para ele, o uso de máscaras e a adesão de outras medidas não farmacológicas, aliadas à vacinação, dão conta de frear os altos números

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a infectologista Luana Araújo, que ocupou por poucos dias o cargo de secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, era apenas uma colaboradora pontual da pasta. De acordo com ele, o nome favorito era o da enfermeira Francieli Fontana, a coordenadora do Plano Nacional da Imunização (PNI). “Luana Araújo era uma colaboradora eventual, estava nos apoiando em uma estratégia de testagem. Temos uma divergência em relação ao tratamento inicial da Covid-19. Médicos muito qualificados relatam experiência própria apoiada em evidências científicas não tão sólidas e outros médicos ligados à academia defendem que não tem eficácia comprovada”, explicou.

Queiroga disse que encaminhou os protocolos para a instância legal responsável por esse tipo de análise. “Luana é qualificada, mas entendeu-se que o nome dela não seria o melhor por já ter uma posição explícita a respeito dos temas em discussão. E talvez isso não ia ajudar na solução do problema.” Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, o ministro disse que considera esse assunto como superado. Ele destacou que a recente alta no número de casos confirmados de Covid-19 se deve, além das variantes, a chegada do inverno. “Nós temos uma época do ano que aumenta a circulação do vírus. Não só do coronavírus, mas também de outras viroses respiratórias. A saída é acelerar a campanha de vacinação. Muito se fala em terceira onda, na minha opinião ainda estamos na segunda.” Ele lembrou que quando assumiu a pasta, há cerca de dois meses, o Brasil estava no pico. “Ontem nós já tivemos um número de óbitos bem menor em relação a aquele momento. Estamos em um período de queda nos óbitos, mas que se estabilizou em um patamar um pouco ainda alto, acima do que desejávamos. A situação ainda inspira cuidados, mas não é nem de longe como em maio”, afirmou.

O ministro disse também que o número de óbitos reduziu entre os grupos que foram priorizados na vacinação. Marcelo Queiroga ainda destacou que, em todo esse tempo na pasta, não tem conhecimento de um gabinete paralelo. “O presidente Jair Bolsonaro sempre dialoga comigo a cerca de Estados e municípios. Desconheço qualquer tipo de gabinete paralelo.” Queiroga afirmou que a necessidade de restringir as atividades na tentativa de contar a pandemia depende do cenário epidemiológico e da pressão sobre o sistema de saúde. “Em tese, restringir resolve. Na prática, é muito difícil. As pessoas precisam ter receita para viver, nem todos tem salário fixo para trabalhar à distância.” Para ele, o uso de máscaras e a adesão de outras medidas não farmacológicas, aliadas à vacinação, dão conta de frear os altos números.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.