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Maduro ameaça prender deputados que aprovaram tratado de defesa

Nicolás Maduro discursa em protesto a favor de seu governo em Caracas - EFE

O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, ameaçou de prisão neste sábado (27) quem insistir em levar adiante um tratado de cooperação militar interamericana, aprovado na semana passada pelo Parlamento, único poder controlado pela oposição no país.

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Sem citar o episódio, o presidente se referiu ao método empregado na detenção cinematográfica, em maio passado, do deputado opositor Edgar Zambrano, vice-presidente do Legislativo, rebocado dentro de seu carro com um caminhão guincho por agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência.

O presidente leu perante 3 mil milicianos – braço da Força Armada, formado por civis – a sentença do Tribunal Supremo de Justiça, que anulou na sexta-feira (26) a decisão parlamentar sobre o retorno do país ao Tratado Interamericano de Assistência Recíproca, do qual se retirou em 2013. O TSJ recordou que a Câmara está em “desacato” desde 2016, razão pela qual todos os seus atos são nulos.

A decisão do Parlamento, aprovada na terça-feira passada (23), faz parte da campanha do líder opositor Juan Guaidó para expulsar Maduro, a quem o Legislativo declarou em usurpação do poder por considerar que sua reeleição em 2018 foi fraudulenta.

Guaidó, chefe legislativo reconhecido como presidente encarregado da Venezuela por meia centena de países, disse que este passo permitirá estabelecer “alianças internacionais” para “defender o povo e a soberania”.

*Com informações do repórter Renato Barcellos 

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