Maia desconversa sobre disputar reeleição na Câmara

Ao mesmo tempo, nos bastidores, Alcolumbre tem expressado o desejo de se manter na presidência do Senado após fevereiro de 2021

  • Por Jovem Pan
  • 27/08/2020 08h07 - Atualizado em 27/08/2020 08h52
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Francisco Stuckert/Estadão Conteúdo rodrigo maia com mão na testa Questionado, ele nega que tenha tratado do assunto com Alexandre de Moraes

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, negou que esteja tratando com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) da possibilidade dele se reeleger no comando da Casa. No último dia 19, ele e o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre, viajaram a São Paulo para se encontrar com o ministro do STF, Alexandre de Moraes. Um dos temas da reunião teria sido as articulações com a Corte buscando a reeleição em fevereiro de 2021. Maia e Alcolumbre são bem avaliados pela alta cúpula do Judiciário, os ministros veem neles lideranças para frear supostos abusos do presidente Jair Bolsonaro, além de ofensivas ao STF no parlamento e pedidos de impeachment de ministros do Supremo. No entanto, o regimento interno da Câmara e do Senado proíbe, dentro de uma mesma legislatura, a reeleição para os cargos.

Nos bastidores, Alcolumbre tem expressado o desejo de se manter o cargo após fevereiro e até já teria consultado a área técnica do Senado sobre a possibilidade de reeleição. Já Rodrigo Maia tem acompanhado mais reservadamente as movimentações de pré-candidatos na Câmara. Questionado, ele nega que tenha tratado do assunto com Alexandre de Moraes. “Não sou candidato a reeleição. Acho que as matérias estão equivocadas. Toda hora que eu encontrar um ministro do Supremo estarei tratando da ação do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) que trata da não possibilidade da reeleição à presidência da Câmara? Já disse várias vezes que não sou candidato a reeleição na Câmara”, afirmou. Tanto Maia quanto Davi Alcolumbre aguardam o julgamento e uma ação em que o PTB questiona o Supremo sobre a reeleição na Câmara e no Senado. Segundo a legenda, a Constituição prevê que o mandato da mesa diretora é de dois anos, proibindo participação do pleito seguinte.

*Com informações do repórter Levy Guimarães

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