Maia pede ‘apoio patriótico’ de empresários por reforma tributária

  • Por Jovem Pan
  • 06/08/2019 07h00 - Atualizado em 06/08/2019 10h32
Marcelo Camargo/Agência Brasil Presidente da Câmara acredita que aprovação da reforma tributária será mais difícil que previdenciária

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou, nesta segunda-feira (5), que a aprovação da reforma tributária será muito mais difícil do que a previdenciária, e cobrou patriotismo dos empresários brasileiros. Segundo ele, o setor pode oferecer resistência a um novo sistema de impostos.

Maia fez um apelo ao setor privado para que declare apoio às mudanças tributárias, assim como vem ocorrendo com as aposentadorias. O presidente da Câmara disse, ainda, esperar que os empresários compreendam que o atual sistema de impostos gera uma falta de crescimento e geração de emprego no país.

“Os empresários, também, não estou criticando todos, foram muito patriotas na Previdência, muito. Mas eles não são atingidos pela Previdência. O que a gente quer deles, agora, é o mesmo patriotismo na reforma tributária, porque é um sistema distorcido em que uns pagam muitos impostos e outros não pagam impostos no Brasil. Não adianta querer ser patriota no tema do outro”, pediu.

Também nesta segunda-feira (5), o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, ressaltou que a proposta de reforma tributária apresentada pelo governo vai abranger apenas impostos federais.

Onyx avalia que mudanças em tributos locais devem ficar a cargo de estados e municípios. “Todas as propostas anteriores, sempre se tentou buscar algo unificado, para todo mundo, e aí vem um estado que tem uma característica produtiva, outro tem uma diferente… A tendência de tudo aquilo que a gente vem fazendo no governo, orientado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), é no sentido da descentralização, de fortalecimento de estados e municípios”, disse.

A reforma tributária que já tramita na Câmara dos Deputados, no entanto, prevê a criação de um imposto único, reunindo tarifas federais, estaduais e municipais. Governo, deputados e senadores afirmam que há um acordo para votação de um texto unificado de reforma tributária

Segundo Lorenzoni, a proposta do governo deve ser enviada ao Congresso em até 10 dias depois da aprovação da reforma da Previdência.

*Com informações da repórter Victoria Abel

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